jn.pt - 25 jan. 20:00
Só 15 minutos de futebol não chegam para vencer
Só 15 minutos de futebol não chegam para vencer
Águias entram autoritárias, mas adormecem após a vantagem e deixam voar dois pontos. Defesa falha numa bola parada e ataque revela pouca qualidade.
Depois de dois jogos sem vencer, os encarnados não conseguiram regressar às vitórias e continuam a marcar passo, neste caso com um empate diante do Nacional (1-1), na Luz. Um despiste que fez as águias perder a oportunidade de pressionar o líder Sporting e as deixam à mercê dos rivais - Sporting só amanhã joga no Bessa - nas vésperas da deslocação a Alvalade.
Os encarnados podem lamentar o contexto que lhes retirou dez elementos devido à covid-19, sete titulares, mas a ausência não explica tudo nem a pobre exibição depois de uma entrada autoritária. É verdade que a maior fragilidade está na defesa - ausência de titulares - que voltou a falhar numa bola parada, mas a grande questão esteve, essencialmente, na falta de qualidade de jogo ofensivo. Aí, com muitas primeiras linhas, a equipa só mostrou quinze minutos de dinamismo e futebol.
Depois revelou uma enorme falta de capacidade para desequilibrar, falta de confiança e apatia total dos dois avançados. O último lance de Seferovic na cara de Daniel, perto do final, espelha bem o momento da formação, confusa e sem a saúde futebolística de outros tempos.
Os insulares, que não pontuavam fora de casa há mais de três meses, aproveitaram algum relaxamento encarnado, após a vantagem, para acreditar que podiam ter sucesso na Luz. E, mesmo sem incomodar muito, foram letais na única chance e acentuaram o clima de tempestade que se vive na Luz.
O Benfica entrou forte e criou situações claras de marcar. Chiquinho surgiu em todas, assinou dois golos, mas viu apenas um validado, já que no outro havia fora de jogo.
A equipa pareceu descansar com a vantagem e permitiu ao adversário acreditar. A perspetiva ganhou contornos de realidade, após o reatamento, já que o Nacional empatou, num lance a aproveitar os equívocos da defesa à zona benfiquista nas bolas paradas.
PUBO Nacional ganhou confiança e alma perante um Benfica que lançou vários elementos do banco, mas que nem por isso ganhou dimensão ofensiva.