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Visão | Uma liderança ágil e focada é essencial no mundo TUNA

Visão | Uma liderança ágil e focada é essencial no mundo TUNA

Os tempos que vivemos exigem, mais do que nunca, líderes em equilíbrio e alinhamento entre o seu propósito e os objetivos corporativos que precisam de alcançar.

“De um dia para o outro, o Mundo mudou!”. No dia-a-dia do mundo empresarial, todos ouvimos e todos repetimos esta afirmação, inúmeras vezes. Mudou? Sim, mas o quanto mudou?

Se anteriormente falávamos do Mundo VUCA (volatile, uncertain, complex, ambiguous), expressão que nasceu no mundo militar na década de 90 e que foi “importada” para a vida das organizações, actualmente falamos de Mundo TUNA (turbulent, uncertain, novel, ambiguous). A volatilidade transformou-se em turbulência, tendo a complexidade dado lugar à novidade de cada dia, ao desconhecido. No entanto, e se apenas nos detivermos nestas duas siglas, verificamos que o mundo corporativo continua a navegar em contextos incertos e ambíguos, como já vinha há muito a acontecer.

Cabe às lideranças de topo nas organizações, a difícil tarefa de decidir. A todo o momento, em cada circunstância, a cada desafio. Decidir sobre a estratégia do negócio, sobre o seu ativo humano, sobre os investimentos a realizar, sobre a otimização de custos, sobre os valores e os comportamentos a privilegiar, sobre a ambição a perseguir, sobre um sem fim de responsabilidades que recaem sobre si. Num mar ambíguo e incerto, liderar era já altamente desafiante. Mas atualmente, as vagas sucedem-se, altas e desencontradas, e navegamos sem terra à vista.

O “novo normal” parece ser uma montanha russa interminável, com vários loopings, várias subidas e descidas, mais ou menos íngremes e inclinadas, onde a única certeza que podemos ter é que as temos que superar! Mas, por vezes… mesmo nas montanhas russas mais radicais, depois de uma subida assustadora, surge uma reta, longa e bem plana, na qual recuperamos a respiração e a adrenalina. Porquê? Porque é que até as montanhas russas têm estas retas planas? Porque precisamos! Simplesmente, porque precisamos, de retomar o folego e a energia, para conseguir superar o desafio seguinte.

Cientificamente está provado que os líderes precisam de momentos de pausa, para respirar profundamente e refletir; espaços de equilíbrio e alinhamento entre o seu propósito e os objetivos corporativos que precisam de alcançar; contextos energizantes que lhes proporcionem o foco e a criatividade necessários para encontrar as melhores respostas. A sua resiliência exponenciada no seu máximo, uma rapidez de resposta como nunca antes exigida, agilidade das suas equipas e operações, são o garante de segurança (saúde,..) das suas equipas.

Cientificamente está provado que os líderes precisam de momentos de pausa, para respirar profundamente e refletir

Aos líderes, é exigido que definam o “Purpose” das suas organizações. Sabemos que, as pessoas com um forte sentido de propósito, tendem a ser mais resilientes e a recuperar melhor das crises. Ao longo do confinamento, surgiram evidências científicas de que, pessoas que “viveram” o seu trabalho de acordo com “o seu propósito”, obtiveram níveis de bem-estar bastante superiores aos das demais. Tendo sempre em consideração que os objetivos individuais impactam nas organizações, as pessoas cujos objetivos individuais se alinharam e alinham com as suas funções tendem a ser mais produtivas e suscetíveis de superar os seus pares; ou seja, podemos verifica-se uma correlação positiva entre o propósito dos elementos das equipas  e a margem EBITDA das respetivas empresa.

Aos líderes, é-lhes também exigida bravura intelectual, mas também que essa bravura intelectual seja incutida como cultura da empresa. Para isso, é necessário incentivar a noção de “safe place”, o que não é fácil, pois requer do líder um elevado nível de inteligência emocional e um nível de autoconfiança altamente controlado. Temos que ter em consideração que vivemos num mundo novo, em que tudo é discutível, seja o de criar uma visão e estratégia do negócio, seja o de alimentar um contexto em que as equipas e os profissionais tenham espaço para decidir, criar e crescerem pessoal e profissionalmente, e só assim será possível criar uma cultura de bravura intelectual.

Aos líderes é exigida a criação de uma estrutura organizacional que funcione como um músculo. O que era anteriormente “plano”, torna-se agora um “músculo”? Correto! É obrigatório que as empresas tenham a capacidade de dar resposta ao enquadramento necessário – o “reset” é já uma forma de mindset – a cada momento.

Aos líderes é exigida a criação de uma estrutura organizacional que funcione como um músculo. O que era anteriormente “plano”, torna-se agora um “músculo”? Correto!

Aos líderes é-lhes agora exigido que tomem decisões para as quais nunca foram treinados. Regresso ao local de trabalho? Em que formato? A saúde de cada elemento da sua empresa está sob a sua responsabilidade e essa tem de ser protegida acima de tudo.

Na verdade, os líderes têm atualmente uma oportunidade única de se destacarem, têm autonomia para fazerem o “reset”, para reimaginarem os seus negócios, para decidirem com ousadia, agilidade e rapidez a estratégia para as suas organizações, e sabem que sairão vencedores os primeiros que conseguirem atingir esse patamar.

Percebendo o enorme desafio presente, as empresas Signium e Walking Mentorship, que atuam nas áreas de Consultoria de Liderança e de Mentoria, respetivamente, desenvolveram em conjunto desenvolvemos o Programa Forward, inovador a nível mundial com a integração de Coaching e Mentoring. O objetivo, é suportar os lideres que encaram esta crise como uma enorme oportunidade, e se querem colocar na melhor condição possível para a aproveitar. Integrando adicionalmente componentes de Wellness e Mindfulness, o Programa cria as condições para que o líder reduza o seu stress, ganhe foco e perspetiva e identifique a melhor versão de si mesmo. Como referem frequentemente os participantes, o programa “cria um espaço que é só meu” e permite manter o foco, apesar da enorme pressão.

No seu livro Shorter, o autor Alex Pang demonstra a necessidade de abrandar e focar para produzirmos mais e melhor! E esta máxima é especialmente importante nos tempos em que vivemos.

Precisamos de lideranças focadas e eficazes para atingirem os objetivos das suas organizações… e para isso temos que as tirar do olho do furacão e dar-lhes o espaço para atuarem de forma estratégica.

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