expresso.ptexpresso.pt - 27 set. 10:46

Museu nova-iorquino toma a “difícil” decisão de vender obras para garantir a “conservação das coleções”

Museu nova-iorquino toma a “difícil” decisão de vender obras para garantir a “conservação das coleções”

Há obras de Jean-Baptiste Camille Corot, Lucas Cranach, o Velho, Donato de Bardi, Giovanni dal Ponte, Francesco Botticini ou Gustave Courbet entre as escolhidas

O Museu de Brooklyn (em Nova Iorque) vai vender 12 obras das suas coleções num leilão de Grandes Mestres da Christie’s a realizar em outubro. Não é inédita a venda de obras de museus nos EUA, desde que, segundo as regras da Association Of Art Museum Directors (a AAMD, que junta responsáveis por museus norte-americanos, canadianos e mexicanos), essas operações se revertam em fundos que tenham em vista a aquisição de novas peças para as suas coleções. Contudo, e dado o contexto que os museus vivem em 2020, com o longo encerramento de portas e uma substancial quebra de receitas, a associação levantou esta restrição até 10 de abril de 2022, permitindo assim aos museus que possam usar o valor obtido pela venda de obras para financiar os trabalhos regulares de manutenção e conservação das suas próprias coleções.

O Museu de Brooklyn é o primeiro a usar a janela aberta pela AAMD para vender 12 peças, entre as quais obras de Jean-Baptiste Camille Corot, Lucas Cranach, o Velho (“Lucrecia”, obra sua na imagem), Donato de Bardi, Giovanni dal Ponte, Francesco Botticini ou Gustave Courbet. Anne Pasternak, diretora do museu, afirmou recentemente ao “New York Times” que vender as obras foi uma decisão “difícil”, mas visa “o bem-estar da instituição e a longevidade e conservação das coleções”. A diretora espera obter uma soma na ordem dos 40 milhões de dólares para investir num fundo que possa render cerca de 2 milhões por ano, que serão destinados aos gastos relacionados com a manutenção das coleções do museu, avança o jornal. Este não é apenas um problema americano. A londrina Royal Academy of Arts debate a venda de uma escultura inacabada de Miguel Ângelo que poderá valer perto de 110 milhões de euros, que permitirão à instituição manter postos de trabalho que estão em risco.

Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.

NewsItem [
pubDate=2020-09-27 11:46:41.0
, url=https://expresso.pt/fb-instant-articles/2020-09-24-Museu-nova-iorquino-toma-a-dificil-decisao-de-vender-obras-para-garantir-a-conservacao-das-colecoes
, host=expresso.pt
, wordCount=313
, contentCount=1
, socialActionCount=0
, slug=2020_09_27_1348158742_museu-nova-iorquino-toma-a-dificil-decisao-de-vender-obras-para-garantir-a-conservacao-das-colecoes
, topics=[fb instant articles]
, sections=[]
, score=0.000000]