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Arranca Roland Garros e Nadal nunca entrou tão a frio

Arranca Roland Garros e Nadal nunca entrou tão a frio

Novo tecto amovível do court central é a grande novidade da edição 2020 o torneio francês.

Ainda decorria o Open dos EUA e já Rafael Nadal era considerado o favorito ao triunfo em Roland Garros. O espanhol preferiu não ir competir a Nova Iorque, optando por preparar-se para a conquista de um 13.º título em Paris. Mas a derrota no terceiro encontro em Roma, no único torneio que disputou desde Fevereiro, criou novas expectativas para o Grand Slam francês, que se inicia neste domingo, quatro meses depois da data habitual.

O tempo outonal, mais húmido, não é o ideal para Nadal impor o seu ténis e dá mais esperanças aos adversários, como foi o caso, em Roma, de Diego Schwartzman, que venceu o espanhol pela primeira vez após 10 derrotas consecutivas. E as novas bolas também não ajudam.

“Não é a primeira vez que perco em terra batida antes de Roland Garros sem que isso me impeça de jogar bem aqui. São as condições mais difíceis que alguma vez encontrei aqui. As bolas são totalmente diferentes, super lentas e pesadas, muito frio, condições mais lentas do que é habitual, estou talvez menos bem preparado do que é hábito, mas estou aqui para lutar, jogar com a maior intensidade possível e competir com uma boa atitude”, frisou Nadal, ciente da necessidade de alterar datas, em virtude da pandemia.

“Só temos de agradecer o Open dos EUA, Roland Garros e Roma porque trabalharam bastante para organizar estes eventos, indo provavelmente perder dinheiro. É o momento para estarmos juntos e estarmos agradecidos por podermos voltar a jogar ténis”, disse o tenista espanhol.

Schwartzman é um dos que irá entrar em acção logo no primeiro dia, juntamente com Alexander Zverev, finalista no Open os EUA, David Goffin, o prodígio teenager Jannick Sinner e os veteranos Stan Wawrinka e Andy Murray, que se defrontam a fechar a jornada no court Philippe Chatrier.

Simona Halep favorita entre as mulheres

Do lado feminino, a grande favorita é Simona Halep. A romena, campeã aqui em 2018 e há uma semana em Roma, encima o quadro que não contará com Ashleigh Barty, líder do ranking e campeã no ano passado, ou Naomi Osaka, vencedora do Open dos EUA.

Tal como aconteceu no Grand Slam norte-americano, jogadores e respectivos treinadores terão de testar periodicamente ao covid-19 e só após efecturem dois positivos, com intervalo de 48 horas entre cada, é que receberão luz verde para competir. Em caso de teste negativo, os jogadores são retirados do torneio – sem contra-análise, o que penaliza quem já esteve infectado anteriormente e ainda poderá ter anticorpos no sistema, como é o caso de Fernando Verdasco, já retirado do quadro final – como aconteceu a seis tenistas impedidos de disputar o qualifying.

Ao contrário do Open dos EUA, haverá público nas bancadas, limitado a mil espectadores diários, bem diferente da intenção, anunciada a 7 de Setembro, de receber 11.500 espectadores divididos por três áreas independentes do complexo de 12 hectares; 750 são sorteados de entre aqueles que já adquiriram bilhetes (os não contemplados serão reembolsados a 100%), 200 são entregues a patrocinadores e parceiros, e os restantes 50 para convidados da federação francesa (FFT).

E como existem mais de três mil pessoas acreditadas – equipas de arbitragem, de manutenção dos campos, de segurança, etc – para o evento, os jogadores e respectivos treinadores que não têm de competir nesse dia, terão de treinar-se no vizinho estádio Jean Bouin.

No total, o torneio vai receber 15 mil espectadores, em contraste com os 520 mil que visitaram Roland Garros em 2019 e contribuíram em 18% para a receita total de 260 milhões de euros, cerca de 80% do orçamento da FFT.

Um revés para as contas da federação francesa, que este ano vê concluído o investimento realizado no court Philippe Chatrier, com destaque para o novo tecto amovível. A cobertura tem aberturas laterais que permitem a entrada de vento e alguns pingos de chuva, de modo a que as condições de jogo sejam as mais idênticas possíveis às existentes num court ao ar livre.

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