dinheirovivo.pt - 12 ago. 09:31
Pandemia empurra CUF para prejuízo de 20 milhões
Pandemia empurra CUF para prejuízo de 20 milhões
A atividade dá sinais de retoma, mas não deverá ser suficiente para compensar o impacto negativo sentido nos meses de março a maio.
A CUF, detida pela José de Mello Saúde, registou prejuízos de 20 milhões de euros no primeiro semestre do ano, uma variação de menos 189% face ao período homólogo do ano passado, quando obteve um lucro de 22,4 milhões de euros.
Em nota enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a CUF destaca que a pandemia teve um impacto na redução de atividade nas últimas semanas de março e nos meses de abril e maio.
“Antes deste período, nos meses de janeiro e fevereiro, os proveitos operacionais no segmento dos cuidados de saúde privados apresentaram um crescimento face ao homólogo de 9,6%”, pode ler-se na comunicação à CMVM.
A CUF assinalou ainda que em junho já se verificou “uma recuperação significativa da atividade assistencial, traduzindo-se em proveitos operacionais 2% acima do período homólogo no segmento privado”.
A pandemia de covid-19 levou a CUF a centrar a sua atuação em torno de três objetivos: a proteção de clientes e colaboradores, o contributo para o controlo da pandemia no país em colaboração com as autoridades de saúde e a estabilidade e continuidade das suas operações, realçou.
O EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu os 8,1 milhões de euros no primeiro semestre, registando-se um decréscimo de 86,4% face ao período homólogo do ano passado.
“Os resultados operacionais no primeiro semestre foram severamente impactados pela quebra da atividade, motivada pelo aparecimento da covid-19. Refira-se que no primeiro semestre, o EBITDA sofreu um impacto negativo em 0,9 milhões de euros, devido a custos com equipamentos de proteção individual”, realça o comunicado.
A CUF explica ainda que apesar de “estimar uma forte recuperação da atividade no segundo semestre de 2020, a mesma não deverá ser suficiente para compensar o impacto negativo sentido nos meses de março a maio”.