expresso.ptFrancisco Louçã - 4 ago. 15:50

O zoom dos imperadores

O zoom dos imperadores

Nunca na história moderna houve empresas tão poderosas e nunca as empresas mais poderosas foram as de comunicações, o que significa que desenham o poder. Por isso, a aliança entre Zuckerberg, em particular, e Trump, seja ela episódica, é um dos factos mais influentes deste ano de 2020

Quando Bezos (Amazon), Cook (Apple), Zuckerberg (Facebook) e Pichai (Google) se sentaram nos seus gabinetes para um zoom com a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, no fim da semana passada, nem era a primeira vez que o faziam nem seria a mais difícil das suas audições. Mas o surpreendente é que demonstraram algum nervosismo. Trata-se dos gestores de quatro das empresas mais poderosas do mundo e, se os deputados norte-americanos tinham perguntas a fazer-lhes sobre a forma como estabelecem monopólios nos seus sectores de atividade, estariam relativamente tranquilos quanto à inconsequência das questões: aquele Parlamento não concebe a ideia de impor restrições que dividam os monopólios, ao contrário do que aconteceu há um século com maior companhia petrolífera.

NewsItem [
pubDate=2020-08-04 16:50:12.0
, url=https://expresso.pt/opiniao/2020-08-04-O-zoom-dos-imperadores
, host=expresso.pt
, wordCount=119
, contentCount=1
, socialActionCount=0
, slug=2020_08_04_68880232_o-zoom-dos-imperadores
, topics=[opinião]
, sections=[opiniao]
, score=0.000000]