www.dinheirovivo.ptdinheirovivo.pt - 5 jun. 16:01

APED. Lojistas não podem ser "discriminados pela sua localização"

APED. Lojistas não podem ser "discriminados pela sua localização"

APED critica adiamento da reabertura dos centros comerciais na Grande Lisboa e lembra o peso do sector: 40 mil empregos diretos em todo o país.

A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) “discorda” da reabertura dos centros comerciais em Lisboa só a 15 de junho. A segurança dos visitantes está garantida, defende, considerando que as retalhistas não podem ser “discriminados pela sua localização”.

“As lojas de retalho especializado localizadas em centros comerciais não podem ser discriminados pela sua localização e desde há muito estão preparadas para a reabertura. Este adiamento trará sobretudo consequências para a situação financeira destes espaços e impacto na economia e na sociedade em que cada dia que passa é dramático para a sustentabilidade das empresas e dos empregos associados”, considera Gonçalo Lobo Xavier, diretor-geral da APED. A associação representa 100 retalhistas especializados, 70% dos quais com lojas na área metropolitana de Lisboa.

Foi com “grande desagrado e preocupação” que os donos dos centros comercias receberam o novo adiamento para a reabertura dos shoppings na Grande Lisboa, situação que poderá levar a um aumento de falências e desemprego no sector, alertou a Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC), lembrando que na Área Metropolitana de Lisboa (AML) concentram-se 35% dos Centros do país, representando 50% do emprego total gerado pelo sector a nível nacional.

Na quinta-feira, depois do conselho de ministros, o Governo anunciou o adiamento até 15 de junho da abertura dos centros comerciais na Grande Lisboa, remetendo para a próxima terça-feira uma decisão sobre o tema, com base na evolução dos casos de infeção do covid-19 que têm vindo a registar subidas na AML desde o desconfinamento.

Mas adiar a abertura os espaços comerciais como forma de mitigar a pandemia não colhe junto da APED. “A reabertura das lojas localizadas em grandes espaços e centros comerciais oferecem uma proteção acrescida aos consumidores, que terão assim um duplo filtro de segurança, seja no controlo à entrada destes espaços, seja na entrada das lojas, defende a associação.

“Desde o início do plano de desconfinamento, a 4 de maio, que centros e comerciais e lojas de retalho especializado têm vindo a preparar-se para a reabertura. Abrir uma exceção para a região de Lisboa – e num momento em que outras áreas de atividades estão autorizadas a iniciar as suas na mesma região – agrava a situação económica de um setor que, só no retalho especializado, representa 40.000 postos de trabalho diretos em todo o país. Para a APED, esta incerteza está a prejudicar gravemente as empresas e os trabalhadores em áreas que em nada têm contribuído para a contaminação da população”, garante a APED, dando como exemplo os supermercados localizados nos shoppings e que se mantiveram sempre abertos desde o início da pandemia.

“Aplicaram de forma eficiente e proativamente um conjunto de medidas que permitiu com que se mantivessem abertos, garantido proteção e segurança de todos, colaboradores e cidadãos e em estreito cumprimento das indicações da Direção Geral de Saúde que de resto tem saudado a APED e os seus associados pelo trabalho realizado”, diz a APED.

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