eco.sapo.pteco.sapo.pt - 5 jun. 19:38

“Vai ser ministro das Finanças? Eu? Não”

“Vai ser ministro das Finanças? Eu? Não”

Pedro Siza Vieira rejeita a possibilidade de vir a ser ministro das Finanças. Em entrevista ao ECO, Siza Vieira revela que o plano de estabilização económica custa cinco mil milhões de euros.

Vai ser ministro das Finanças? Eu? Não“. É assim, de forma taxativa, que Pedro Siza Vieira responde à possibilidade de vir a suceder a Mário Centeno. Em entrevista no Podcast do ECO Insider, conduzida pelos jornalistas António Costa e Pedro Santos Guerreiro, o ministro da Economia garante que tem uma prioridade, a coordenação da política económica do Governo.

“Acho essas especulações sempre muito interessantes. Há meia dúzia de meses tomei posse como ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, para ser o coordenador da política económica do Governo e para liderar um dos desafios estratégicos que o Governo definiu que é precisamente o da transição digital. É uma tarefa que eu abracei para o horizonte da legislatura e, portanto, é a tarefa em que estou empenhado”, responde Siza Vieira. E, mesmo perante a insistência da mudança de circunstâncias, o ministro garante: “Eu sei com o que me comprometi e qual é a minha motivação”.

Uma semana depois de conhecida a contratação de António Costa Silva para coordenar o plano de retoma da economia, Pedro Siza Vieira defende as virtudes desta solução. “Não só porque é uma pessoa com grande reflexão estratégica do país e do mundo como tem sobretudo uma grande afinidade com coisas que vão ser muito importantes para o futuro do país”. E garante que já teve reuniões de trabalho com o gestor. Siza Vieira explica que o país vai ter nos próximos três ou quatro anos dinheiro para a economia portuguesa que justifica uma análise e uma estratégia “muito focada”, no quadro do novo contexto internacional. “E quanto mais pudermos aproveitar o talento português para nos ajudar a testar ideias, melhor”.

Pedro Siza Vieira explica, nesta entrevista, os objetivos do Plano de Estabilização Económica e Social (PEES) divulgado esta quinta-feira, e revela que tem um impacto na despesa da ordem dos cinco mil milhões de euros, detalha os objetivos com o novo regime de lay-off, as linhas de crédito e a prioridade às micro e pequenas empresas, e os objetivos com o relançamento do Banco de Fomento, que vai arrancar com um capital de 255 milhões de euros.

“Não vai ser um orçamento despesista, vai ser um orçamento que tenta responder às necessidades à medida das necessidades do país nesta altura”, assegura o ministro da Economia. E acrescenta que nenhuma das medidas que está no Orçamento do Estado de 2020 é posta em causa. Mesmo assim, escusa-se a responder de forma clara se haverá novos impostos ou taxas sobre setores específicos como a banca ou a energia. “A proposta de Orçamento Suplementar será aprovada na próxima terça-feira, no conselho de ministros, e nessa altura será plenamente conhecido.

A entrevista será publicada na íntegra em video e também poderá ouvi-la em podcast, nas principais plataformas.

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