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Covid-19. Compras na mercearia de bairro sobem 28% e gasta-se mais

Covid-19. Compras na mercearia de bairro sobem 28% e gasta-se mais

Contactless já representa um peso de 23,3% do total faturado pelos negócios portugueses, segundo o estudo REDUNIQ Insights.

Os portugueses estão a comprar mais nas mercearias de bairro e a gastar mais. Na última semana de maio, foram registadas mais de 13% de transações no retalho alimentar tradicional, tendo a faturação aumentado 28% em relação ao período pré-pandemia do Covid-19 e o ticket médio subido de 18,51 euros para 21,03 euros, segundo o REDUNIQ Insights.

“O crescimento do retalho alimentar tradicional deve-se a uma maior valorização deste tipo de estabelecimentos desde o início do confinamento em Portugal, uma vez que representam uma alternativa às grandes superfícies, não só pela sua proximidade às habitações (evitando assim que as famílias façam grandes deslocações para realizar as suas compras), como pela maior segurança que estes podem proporcionar, já que existe uma menor concentração de pessoas e, por sua vez, um menor risco de contágio”, justifica Tiago Oom, Diretor da REDUNIQ, citado em nota de imprensa.

Já os hiper e supermercados ainda registam um número de transações abaixo do período pré-pandemia, embora tenham vindo a subir gradualmente. Na semana passada acumularam “um número de transações 19% mais baixo do que os números pré-pandemia”.

A restauração, que reabriu a 18 de maio, na semana passada “ultrapassou o patamar dos 50% da faturação registada no período pré-pandemia, sendo que no último sábado (30 de maio) alcançou cerca de 82% da faturação media diária da primeira semana de março.”

“A ainda pouco expressiva faturação registada neste setor reflete sobretudo a reabertura gradual dos estabelecimentos, dado que muitos não abriram portas no dia 18 de maio. Se na primeira semana da segunda fase de desconfinamento tínhamos apenas 40% dos restaurantes e cafés abertos ao público, na semana seguinte esse valor aumentou 94%, com 77% do total de estabelecimentos de restauração já em plena atividade”, refere Tiago Oom.

As compras de eletrodomésticos e tecnologia desde o início da reabertura da economia tem mantido a sua faturação em níveis superiores aos do início de março, tendo registado uma subida de 13% na última semana de maio. O que se explica “pela importância que a tecnologia está a ter nas vidas e empregos em tempos de covid-19 (as pessoas começaram a equipar as suas casas com equipamento para o teletrabalho) e porque é um setor já bem consolidade no online, que registou um aumento das transações em período de confinamento”, justifica Tiago Oom.

A área da saúde apresentou na semana passada 82% da faturação alcançada antes da pandemia, ou seja, mais de 11% face à semana anterior. A moda cresceu 16%, estando agora com uma faturação equivalente a 50% do total faturado no início de março, refere o estudo.

A faturação global dos negócios aumentou 9,5% na última semana de maio face à anterior, para valores que representam 80% do total faturado no período anterior à pandemia de Covid-19. A última semana ficou ainda marcada pela reabertura de mais de 2 mil pontos de vendas, com a abertura dos centros comerciais pelo país (com a exepção da Grande Lisboa) uma subida de 5,5% em relação à semana anterior.

“A nível local, e após o distrito de Portalegre alcançar os valores de faturação pré-pandemia na terceira semana de desconfinamento, foi a vez dos distritos de Bragança, Santarém e Beja ultrapassarem essa linha. Próximos desse feito estão os distritos de Viana do Castelo (99%), Castelo Branco (99%), Setúbal (98%) e Évora (98%)”, refere o estudo.

A faturação estrangeira aumentou 9,3% face à semana anterior, sendo a Região Autónoma dos Açores e os distritos de Faro e de Lisboa as áreas com subidas mais expressivas, com crescimentos de faturação de 29,5%, 13,8% e 13,1%, respetivamente.

Na hora de pagar tem sido dada preferência ao contactless, que na semana passada alcançou um valor de faturação 77% acima dos níveis pré-covid-19, ou seja, um aumento de 11,19% face à semana de 17 a 23 de maio.

Este método de pagamento possível através de cartões, smartphones e wearables representa um peso de 23,3% do total faturado pelos negócios portugueses.

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