expresso.ptexpresso.pt - 30 mar. 13:40

Covid-19. Estudo explica como restringir calorias pode melhorar a resposta do sistema imunitário

Covid-19. Estudo explica como restringir calorias pode melhorar a resposta do sistema imunitário

A genética tem um papel importante, mas também há comportamentos que se podem revelar decisivos quando o corpo está sob ataque

A força do sistema imunitário é uma lotaria genética, diz um artigo da revista "New Scientist". Mas não é só isso. Certos comportamentos têm efeitos decisivos sobre a capacidade do sistema para aguentar o assalto dos agentes patogénicos ao corpo humano. Entre eles, dois que são há muito aconselhados: não fumar e restringir as calorias.

A revista começa por notar que o sistema imunitário (que tem uma parte inata e uma parte adaptativa, ou seja, uma que tenta matar os agentes agressores à partida e outra que contêm a memória imunitária e se dirige a agentes específicos) declina com a idade. Mas isso não é o único fator em jogo.

Aos 60 anos, algumas pessoas têm o sistema de uma pessoa com 40 anos, outras o de uma com 80. Isso afeta diretamente a capacidade de resposta não só a vírus como o que causa a covid-19 como a outros que certamente devem chegar no futuro, bem como agentes de outros tipo.

A import��ncia de um fator como a restrição calórica tem a ver com a evolução; especificamente, com "a adaptação evolucionária à fome, que prioriza as vias de reparação e sobrevivência sobre as de crescimento e reprodução", diz a revista. "Os animais com restrição de calorias tendem a ser magros, em boa forma, metabolicamente mais saudáveis e mentalmente mais argutos do que os que comem à vontade. Também têm uma resposta imunitária mais forte".

Sendo muitas vezes difícil restringir as calorias pelo simples poder da vontade, há formas artificiais de inibir um mecanismo chamado mTor, que deteta nutrientes, e que normalmente "inicia a cascata metabólica que faz a transição do nosso sistema para o modo de fome" quando há escassez de calorias. Na falta desta condição, determinados medicamentos podem conseguir o mesmo efeito.

O tecido adiposo, entre outras coisas, afeta a resposta dos anticorpos e portanto a eficácia das vacinas, e não só nos idosos. A "New Scientist" sugere estratégias como o exercício físico ou a dieta 16:8, na qual só se come durante uma janela de oito horas durante o dia. Seja de que modo for atingida, a perda do peso em excesso é um objetivo desejável para fins imunitários, como para muitos outros.

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