rr.sapo.ptrr.sapo.pt - 30 mar. 14:35

Há ​853 profissionais de saúde infetados pelo coronavírus em Portugal

Há ​853 profissionais de saúde infetados pelo coronavírus em Portugal

Reservas de equipamentos de proteção individual e ventiladores continuam a ser reforçadas, segundo confirmou o Secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales.

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O secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, confirma que há 853 profissionais de saúde infetados com o coronavírus em Portugal, sendo que 209 são médicos.

“São 853 profissionais de saúde infetados, 209 médicos e 177 enfermeiros. Restantes 467 estão dispersos pelas outras atividades. Não há informação sobre os que estão em cuidados intensivos”, disse o secretário de Estado.

Lacerda Sales fez ainda uma atualização em relação aos equipamentos que o país tem disponível para os doentes e profissionais de saúde. “Temos cercas de 1.124 ventiladores, 528 para os cuidados intensivos e 480 em bloco operatório, com capacidade de expansão de 134. Existe encomenda de 500 ventiladores e 138 já estão na embaixada portuguesa na China. Há ainda a disponibilidade de instituições e privados, que deve chegar aos mil ventiladores. Isto vai duplicar a nossa capacidade de ventiladores”, explica.

As reservas de equipamentos de proteção individual continuam igualmente a ser reforçadas todas as semanas.

“A grande preocupação da DGS é testar, isolar, proteger e tratar. Para tal, continuamos a reforçar as nossas reservas. A reserva nacional recebeu mais 66 mil testes, 5,2 milhões de máscaras e 1,2 milhões de respiradores, entre outros equipamentos como batas e cobre-botas. Para esta semana, prevemos receber mais. Hoje recebemos mais seis mil respiradores e 200 mil testes e seis mil toneladas de EPI [equipamento de proteção individual]”, explica

Morte de jovem de 14 anos em investigação

Graça Freitas explica que ainda não é confirmado que o jovem de 14 anos infetado com o coronavírus tenha falecido diretamente devido à Covid-19. A Diretora-Geral de Saúde diz, no entanto, que o caso deverá ser adicionado ao boletim diário.

“Está ainda em investigação a causa da morte. Tudo aponta num determinado sentido, mas temos de ter muita cautela. Só quando tivermos certos é que será divulgada a causa. Seguindo o critério português, provavelmente vamos inscrever a morte no boletim. Ao contrario de outros países, mesmo sabendo causa da morte, podemos assumir a Covid-19. Vamos ter de esperar verdadeira causa da morte e depois vamos decidir neste caso concreto se vamos introduzir”, explica.

Apesar da morte de um recém-nascido nos Estados Unidos da América e do jovem de 14 anos em Portugal, Graça Freitas recusa a teoria de um aumento da taxa de mortalidade na população mais jovem.

“A probabilidade de quem morrer ser mais alta nos mais velhos está em todos os artigos, mas também não quer dizer que não morra ninguém mais novo. A questão de um bebé morrer, pode ter muito a ver com o sistema imunitário, mas não sabemos as características dessas pessoas. Não há nenhum padrão de mudança na probabilidade de morrer”, garante.

Turbulência na realização de testes

A Diretora-Geral de Saúde admite alguma lentidão e dificuldades na testagem da população nos centros mais próximos das respetivas habitações dos casos suspeitos, uma norma que entrou em vigor no dia 26, após Portugal ter entrado em fase de mitigação.

“Desde o dia 26, mais de 30 mil pessoas já foram inscritas na plataforma. Têm estado a ser testados em diversos contextos. É normal que nos primeiros dias possa verificar-se mais turbulência. As pessoas que aguardam testes têm de ficar em casa, porque foram consideradas suspeitas. Vão ser contactadas remotamente e se piorarem os sintomas, têm de dar um sinal e ligar à SNS24”, diz.

Hospitais só para Covid-19

Graça Freitas admite também a possibilidade de alguns hospitais tornarem-se exclusivos ao tratamento de doentes com coronavírus.

“Obviamente que esse cenário faz parte dos planos de contingência, mas depende da necessidade e dos números da epidemia. Não está a ser contemplado para já, mas poderá vir a acontecer. Temos de prever o que vai acontecer, otimizando a capacidade de assistência. Não quer dizer que vá ser ativado”, alerta.

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