expresso.ptexpresso.pt - 30 mar. 16:02

Covid-19. “Todos os recém-nascidos devem ser testados” e outras recomendações para os partos

Covid-19. “Todos os recém-nascidos devem ser testados” e outras recomendações para os partos

Em conferência de imprensa, Carlos Veríssimo, diretor do Serviço de Ginecologia-Obstetrícia do Hospital Beatriz Ângelo, esclareceu ainda que as grávidas são consideradas um “grupo prioritário” para a realização de testes, “se tiver havido um contacto de risco e mesmo que não tenham sintomas”

Em conferência de imprensa esta segunda-feira, Carlos Veríssimo, diretor do Serviço de Ginecologia-Obstetrícia do Hospital Beatriz Ângelo, deixou algumas recomendações para os partos, no contexto da pandemia de covid-19. A saber:

- Os partos devem ser feitos em salas isoladas, “idealmente de pressão negativa”;

- Os funcionários devem estar devidamente equipados com equipamentos de proteção individual;

- Criação de circuitos isolados para impedir que grávidas infetadas contactem com grávidas não infetadas;

- Não é recomendável a presença de terceiros durante o parto;

- Recorrer a analgesia epidural para evitar a anestesia geral;

- Todos os recém-nascidos devem ser testados;

- Mãe e filho devem ser separados após o parto, medida que admite ser “polémica”, não se recomendando também o aleitamento materno.

Carlos Veríssimo também explicou que o risco de infeção nas grávidas é “semelhante ao do resto da população”, mas “há um maior risco clínico de contrair a doença, desde logo devido à dificuldade no tratamento ventilatório e farmacológico”. Quanto à transmissão do vírus de mãe para filho durante a gravidez, são “raras” as evidências de que isso tenha acontecido, ainda que tenha surgido um caso recente na China em que tudo indica que se deu esta transmissão.

O diretor do Serviço de Ginecologia-Obstetrícia do Hospital Beatriz Ângelo sublinhou ainda a importância da “contenção social” para as grávidas, que devem “preferencialmente, ser vigiadas no domicílio, no caso de haver condições para tal”. E garantiu que, na hora de fazer testes, serão consideradas um “grupo prioritário, caso tenha havido um contacto de risco” e mesmo que estas estejam assintomáticas. Nos hospitais, é imperiosa a necessidade de serem criados “circuitos” para evitar que grávidas infetadas contactem com grávidas que não o estão.

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