expresso.ptexpresso.pt - 12 dez. 13:04

Lucros da empresa-mãe da Web Summit caem para 18,5 mil euros. Receitas aumentam 21%

Lucros da empresa-mãe da Web Summit caem para 18,5 mil euros. Receitas aumentam 21%

Manders Terrace justifica quebra nos lucros, que em 2017 foram de três milhões de euros, com investimento em recursos humanos e desenvolvimento de software. Receitas da empresa que organiza os eventos Web Summit, Rise e Collision aumentaram 21% face ao ano anterior para 35 milhões de euros

A empresa que detém a Web Summit aumentou as receitas em 21%, que passaram de quase 29 milhões de euros em 2017 para 35 milhões de euros no ano passado. Já os lucros da Manders Terrace caíram 99%, passando de três milhões de euros em 2017 para 18.501 euros no ano passado.

Já o lucro bruto (a diferença entre as receitas totais e os custos variáveis) aumentou 10% para 17 milhões de euros, enquanto os lucros antes de impostos diminuíram de três milhões para quase 126 mil euros.

De acordo com o presidente executivo, Paddy Cosgrave, os lucros foram reinvestidos no crescimento da empresa, nomeadamente em desenvolvimento de software e em novas contratações.

De acordo com as contas da empresa que detém os eventos Web Summit (Lisboa), Rise (Hong Kong) e Collision (Toronto), o número de trabalhadores aumentou de 167 para 213 no ano passado, estando estes localizados nos vários escritórios da empresa: Dublin, Lisboa, Toronto e Hong Kong.

Além disso, as componentes de software e de design “vão continuar a ter um grande impacto” nos eventos organizados pela empresa com sede em Dublin, que conta já com 50 perfis da área da engenharia ou de áreas relacionadas, como design e data science.

“Como empresa independente, o nosso horizonte temporal é grande. Temos liberdade para focarmo-nos no longo prazo”, sublinha Paddy Cosgrave em comunicado. “Enquanto a Web Summit continuou a crescer e a ser lucrativa, como empresa privada estamos focados em fazer investimentos no nosso crescimento, produto e pessoas ao longo dos próximos dez anos.”

As contas não mostram os lucros e receitas dos vários eventos, em separado – nomeadamente da Web Summit, que decorre anualmente em Lisboa. Sabe-se apenas que o Estado contratualizou um pagamento anual de 11 milhões de euros à empresa de Paddy Cosgrave que organiza a cimeira, a Connected Intelligence Limited, para que o evento se mantenha em Lisboa por uma década, até 2028.

Este ano (2019), sabe-se que aos €11 milhões foi necessário acrescentar um valor adicional de €4,7 milhões – que é pago pela taxa turística de Lisboa. Em parte para resolver o imbróglio criado pelo atraso na expansão da FIL, um dos compromissos que a Câmara Municipal de Lisboa (CML) tinha assumido com a proprietária da Web Summit – e que só conseguiu cumprir com infraestruturas provisórias e uma adenda ao contrato assinado com a CIL que altera os prazos de expansão. Mas há gastos adicionais com serviços que ainda não estão contabilizados, como noticiou recentemente o Expresso.

Em Portugal, está apenas registada em nome de Paddy Cosgrave a Web Summit Services, com receitas de €353,3 mil e lucros de €24,9 mil em 2018, um aumento de, respetivamente, 13% e 10% face ao ano anterior. A filial em Portugal limita-se a assegurar “o fornecimento de serviços a startups e parceiros em todos os [seus] eventos globais”.

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