www.publico.ptpublico.pt - 13 nov. 17:20

Deixa estar, Jake, é Brooklyn

Deixa estar, Jake, é Brooklyn

Um filme negro “à antiga” que fala do e ao nosso tempo sobre os becos sem saída do sonho americano.

Troquemos Los Angeles por Nova Iorque, Chinatown por Brooklyn, e faz todo o sentido “adaptar” a célebre última linha do filme de 1974 de Roman Polanski: “Deixa estar, Jake, é Brooklyn.” Ainda por cima, a personagem de Os Órfãos de Brooklyn passa metade do filme a dizer que se chama Jake — embora se chame Lionel, ou Brooklyn como o chefe que morre logo ao princípio sempre lhe chamou. Não é grande spoiler dizer que chegamos ao fim deste filme negro situado na Nova Iorque dos anos 1950 com o combate de David contra Golias reposto na estaca zero, a sensação de que se ganhou uma batalha mas se perdeu a guerra. É um desânimo que sempre esteve inscrito no código genético dos melhores filmes negros, quando o género ainda não tinha nome e filmes como Pagos a Dobrar ou O Carteiro Toca Sempre Duas Vezes sublinhavam o beco sem saída do sonho americano.

NewsItem [
pubDate=2019-11-13 18:20:01.0
, url=https://www.publico.pt/2019/11/13/culturaipsilon/critica/deixa-estar-jake-brooklyn-1893418
, host=www.publico.pt
, wordCount=155
, contentCount=1
, socialActionCount=0
, slug=2019_11_13_705527066_deixa-estar-jake-e-brooklyn
, topics=[crítica]
, sections=[vida]
, score=0.000000]