visao.sapo.ptFilipa Namora - 21 out. 11:58

Faça acontecer!

Faça acontecer!

Futuramente, e quando o projeto está feito, se estivermos a falar de um conceito que choque, isso está rapidamente associado a algo que as pessoas vão querer visitar. Quase que se torna uma obrigação conhecer. Cada vez mais acredito que experiências distintas fomentam serviços exclusivos, tornando-os, por consequência, mais rentáveis

Vivemos numa geração com base na tecnologia. Tudo é rápido. Os contactos, as respostas.... O que hoje a mim me parece normal, há uns anos atrás estava longe de ter a mesma velocidade. Hoje o mundo não é tão grande, mas sim mais pequeno.

Acredito que há uns tempos atrás, quem voltasse de uma viagem de Nova Iorque estaria sempre um passo à frente, pois na verdade as novas ideias e influências demoravam mais a chegar a Portugal. Atualmente, todo este processo é muito mais rápido e fácil.

Esta facilidade tecnológica que está ao alcance de qualquer um, em conhecer na hora qualquer espaço, confere a possibilidade de constantemente estarmos a par das novas ideias e das últimas tendências.

Cada vez mais e, felizmente, os meus clientes quando me abordam, dão-me liberdade para eu desenvolver tudo à minha maneira; no entanto, ainda assim, sinto alguma dificuldade em que eles entendam quando quero desenvolver alguma coisa diferente. E isso deve-se ao facto de as pessoas terem muitas ou demasiadas referências. Por vezes acontece que a imagem que o cliente tem sobre algo não é a mesma que eu tenho, resultado, em alguns casos e de uma maneira geral, de associarem a algo que já viram e não gostaram. Porque cada um inventa ou imagina o que quer. A lição que qualquer criativo deve tirar daqui é que nunca devemos desistir, ou baixar os braços perante uma atitude menos optimista do cliente.

Por exemplo, às vezes, em reuniões com o cliente, acontece estar a apresentar algo e o cliente começar a ficar com uma cara estranha e depreciativa sobre o que lhe parece ser diferente. Nesse momento, sei que estou no caminho certo. Porque é sinal que nunca viu e que não tem qualquer referência sobre o que estou a dizer. No fundo, é uma ideia nova que nunca foi processada. E como não a está a processar, o instinto tem sempre tendência a rejeitar. O bom da questão, é que se soubermos porque é que o estamos a fazer e o que estamos a fazer, simplesmente não devemos desistir.

Futuramente e quando o projeto está feito, se estivermos a falar de um conceito que choque, isso está rapidamente associado a algo que as pessoas vão querer visitar. Quase que se torna uma obrigação conhecer. Cada vez mais acredito que experiências distintas fomentam serviços exclusivos, tornando-os, por consequência, mais rentáveis.

Se acreditar, é o primeiro passo para fazer acontecer … então não podemos baixar os braços, acomodando-nos ao já feito ou ao já interiorizado. Há que ser diferente e ousar!

Criatividade não é uma propriedade abstrata, da imaginação, mas da mente e do corpo como um todo, pois abraça a inteligência e o raciocínio lógico. Todo o trabalho artístico tem em comum o projetar, o dar sentido, o transformar a realidade e solucionar, criando. O arquiteto, o designer, o decorador, enquanto agente transformador, tem o dever de pensar estrategicamente e inverter o “dejá vu”, o convencional. Sou defensora do significado em detrimento da função!

Precisamos de uma nova escola de pensamento, precisamos recuperar a confiança na criatividade e ter compromissos com a curiosidade e com a singularidade. Como? Inovando!

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