dinheirovivo.pt - 14 set. 18:28
Neeleman tem nova companhia aérea e ganha asas em 2020
Neeleman tem nova companhia aérea e ganha asas em 2020
Acionista privado da TAP criou a Moxy, empresa que vai replicar o modelo da Azul, mas desta vez nos Estados Unidos
Ainda tem nome de código – Moxy – mas começa a ganhar asas. David Neeleman tem uma nova companhia aérea nos Estados Unidos da América e, apesar de os primeiros aviões da encomenda de 60 feita à Airbus não chegarem antes de 2021, o empresário que é acionista da TAP, conta começar a operação já no ano que vem.
A intenção foi dada a conhecer esta semana em São José dos Campos, no Brasil, onde o investidor acompanhava uma cerimónia da Azul, onde também é acionista. Neste evento, Neeleman explicou que a Moxy poderá ‘reciclar’ os aviões Embraer E195 que a Azul vai começar a substituir por uma nova geração de aeronaves.
A expectativa é que o investidor privado faça passar 30 aviões da Azul para a Moxy antecipando em um ano o início das operações.
A nova empresa está em lista de espera para receber 60 aviões A220-300 encomendados à fabricante europeia Airbus, um modelo que corresponde ao antigo C-Series desenvolvido pela canadiana Bombardier.
A Moxy é a quinta companhia aérea fundada por David Neeleman, o empresário norte-americano que venceu o processo de privatização da TAP. E, à semelhança do que fez com a Azul, no Brasil, Neeleman quer repetir o modelo regionalista de baixo custo, agora nos Estados Unidos.
“Nos EUA já foi dito que vamos voara em rotas que não terão concorrentes, como a Azul. Aprendemos no Brasil”, disse o empresário, esta sexta-feira, em entrevista ao Estadão, onde deixou em aberto a opção de voos internacionais. “Temos opção de fazer muitas coisas”, destacou o gestor, questionado sobre se esta transportadora iria voar para o Brasil.
David Neeleman assumiu que o tipo de avião é determinante para a operação de qualquer empresa. E lembrou que “o A220 é uma aeronave de baixo custo que pode voar até nove horas”.
O empresário deu ainda nota de que a Aigle Azur, empresa que anunciou repentinamente o fecho de operações a 7 de setembro – e onde também era acionista – “não tinha razão para existir”. O gestor disse ainda que “não estava envolvido” nesta empresa e que a sua entrada foi a pedido da HNA, consórcio chinês que também já deteve capital da Azul e, por via indireta, na TAP.