www.jornaldenegocios.ptjornaldenegocios.pt - 23 jul. 17:31

Resultados na Europa e EUA põem bolsas em alta. Boris Johnson deixa libra sem rumo

Resultados na Europa e EUA põem bolsas em alta. Boris Johnson deixa libra sem rumo

As bolsas europeias registaram ganhos acentuados na sessão, apoiadas nos resultados apresentados por cotadas americanas e do Velho Continente. A libra ganha face ao euro e perde contra o dólar depois de confirmada a eleição de Boris Johnson como líder conservador e quase futuro primeiro-ministro.

Os mercados em números

PSI-20 ganhou 0,65% para 5.215,03 pontos

Stoxx 600 somou 0,98% para 391,54 pontos

S&P500 avança 0,17% para os 2.990,12 pontos 

Juros da dívida portuguesa a dez anos cederam 0,6 pontos base para 0,447%

Euro cai 0,52% para 1,1151 dólares

Petróleo em Londres deprecia-se em 0,27% para 63,09 dólares por barril

Bolsas avançam com bons resultados nos EUA e à espera da Fed

As principais bolsas europeias negociaram em forte alta na sessão desta terça-feira, 23 de julho, com várias praças a somarem acima de 1%, sendo exemplos o índice alemão DAX e o espanhol Ibex.

Também o índice de referência europeu Stoxx600 ganhou terreno, a somar 0,98% para 391,54 pontos, acumulando o terceiro dia consecutivo de subidas numa sessão em que foi impulsionado pelas valorizações expressivas dos setores automóvel (máximo de 10 de maio), financeiro e das matérias-primas (máximo de 3 de julho).

Já o índice lisboeta PSI-20 avançou 0,65% para 5.215,03 pontos, apoiado em especial nos ganhos conseguidos pelo BCP e pelo setor do papel, em particular as subidas da Navigator e da Altri.

Além de os resultados robustos apresentados por empresas norte-americanas como a Coca-Cola, terem impulsionado as bolsas europeias e mundiais, também na Europa foram conhecidos resultados favoráveis: a Continental cresceu 6,31% para máximos de 1 de julho e o UBS somou 2,62%.

A impulsionar esteve ainda a expectativa de que a Reserva Federal dos EUA e o Banco Central Europeu adotem novas medidas de estímulo às respetivas economias, em concreto mediante descidas das taxas de juro diretoras.

Juros aliviam na área do euro

Foi um dia de alívio para os juros das dívidas públicas na Zona Euro, designadamente para os chamados periféricos.

A taxa de juro associada às obrigações de dívida portuguesa com maturidade a 10 anos recua 0,6 pontos base para 0,447%, tendência acompanhada pelos títulos soberanos de Espanha e Itália no mesmo prazo com descidas respetivas de 0,5 e 5,2 pontos base para 0,380% e 1,597%.

Na mesma linha, a "yield" correspondente às "bunds" germânicas a 10 anos cai 0,9 pontos base para -0,359%.

Libra sobe face ao euro e sobe contra o dólar

A moeda britânica está a apreciar-se contra o euro (soma 0,25%) e deprecia-se face ao dólar (recua 0,26%), isto no dia em que foi confirmada a vitória do eurocético Boris Johnson na corrida pela liderança do Partido Conservador.  

A desvalorização da libra em relação ao dólar acontece sobretudo devido ao receio dos investidores de que Johnson, que amanhã é formalmente designado primeiro-ministro do Reino Unido, promova uma saída da União Europeia sem acordo.

O euro perde 0,52% para 1,1151 dólares, estando assim em mínimos de 31 de maio relativamente à moeda norte-americana que, por sua vez, segue em máximos de 18 de junho no índice da Bloomberg que mede o comportamento da divisa dos EUA contra um cabaz das principais moedas mundiais.

Petróleo com queda ligeira

Os preços do petróleo seguem em queda ligeira nos mercados internacionais, com o Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e utilizado como valor de referência para as importações nacionais, a deslizar 0,27% para 63,09 dólares por barril. Em Nova Iorque, o West Texas Intermediate (WTI) resvala 0,23% para 56,09 dólares.

A contribuir para esta descida está sobretudo o facto de o consumo global da matéria-prima estar congelado desde cerca de meados do ano passado.


De acordo com dados citados pela Reuters, o consumo nos 18 países mundiais que consomem mais petróleo (mais de 1 milhão de barris por dia) registou um crescimento homólogo de apenas 0,3% nos primeiros três meses do ano.

Esta evolução dificulta o objetivo dos países exportadores de petróleo que, comandados pela Arábia Saudita, mantêm em vigor cortes à produção de forma a, mediante menor oferta de crude, impulsionarem o preço da matéria-prima.

Café em mínimos de um mês com menor risco de geada no Brasil

O café está a desvalorizar 2,52%, para mínimos de 24 de junho, numa altura em que os investidores nesta matéria-prima veem diminuir os riscos de fortes geadas no Brasil, aumentando o risco de um excesso da oferta global.

Já o ouro perde 0,19% para 1.421,55 dólares por onça, na terceira queda consecutivo do metal precioso.

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