expresso.ptexpresso.pt - 22 jul. 17:05

Síria. Número de mortos em ataque contra mercado em Idlib sobe para 37

Síria. Número de mortos em ataque contra mercado em Idlib sobe para 37

Observatório Sírio dos Direitos Humanos atribuiu os ataques à aviação de Moscovo, aliada do Governo do Presidente sírio, Bashar al-Assad, mas o exército russo negou qualquer envolvimento

Pelo menos 37 pessoas morreram esta segunda-feira em ataques aéreos contra um mercado na província síria de Idlib, segundo um novo balanço do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), que atribuiu os bombardeamentos à aviação russa.

Os ataques na cidade de Maaret al-Noomane provocaram pelo menos 37 mortos, incluindo 35 civis e duas pessoas não identificadas, indicou aquela organização não-governamental (ONG).

Esta organização não-governamental (ONG) atribuiu os ataques à aviação de Moscovo, aliada do Governo do Presidente sírio, Bashar al-Assad, contudo, o exército russo negou qualquer envolvimento.

"As declarações de representantes anónimos da organização Capacetes Brancos, financiada pelo Reino Unido e pelos Estados Unidos, sobre os alegados ataques aéreos russos num mercado em Maaret al-Noomane (província de Idlib) são falsas", indicou o Ministério da Defesa da Rússia num comunicado, citado por agências russas, assegurando que a sua aviação não realizou nenhuma operação na área em causa.

O OSDH mencionou ainda um ataque sírio na cidade de Saraqeb que provocou seis mortos.

Os ataques causaram mais de 100 feridos nas duas cidades, referiu a mesma fonte.

Desde finais de abril, o regime do Presidente sírio, Bashar al-Assad, apoiado pela Rússia (aliado tradicional de Damasco), intensificou os bombardeamentos na província de Idlib e em outras áreas circundantes, ainda controladas por forças insurgentes e 'jihadistas'.

Os bombardeamentos mataram mais de 650 civis e forçaram a fuga de mais de 330 mil pessoas, segundo os dados mais recentes do OSDH e das Nações Unidas (ONU).

A província de Idlib, que conta com uma população de três milhões de pessoas, é dominada pelo grupo 'jihadista' Hayat Tahrir al-Sham (HTS, grupo controlado pelo ex-braço sírio da Al-Qaida).

Esta região foi objeto de um acordo entre a Rússia e a Turquia, com a criação de uma "zona desmilitarizada" que permitiu evitar uma grande ofensiva.

Desencadeado em março de 2011 pela violenta repressão do regime de Bashar al-Assad de manifestações pacíficas, o conflito na Síria ganhou ao longo dos anos uma enorme complexidade, com o envolvimento de países estrangeiros e de grupos 'jihadistas', e várias frentes de combate.

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