observador.ptobservador.pt - 19 jul. 23:59

Se alguém chegar mesmo a invadir a Area 51, o que irá encontrar?

Se alguém chegar mesmo a invadir a Area 51, o que irá encontrar?

Mais de um milhão e meio de pessoas de todo o mundo dizem estar afim de invadir a misteriosa e ultra-secreta base militar norte-americana. À sua espera podem estar coisas perigosas.

Tudo começou como uma brincadeira, cresceu e hoje arrisca-se a entrar na história: até ao momento em que estas palavras foram escritas 1,6 milhões de pessoas confirmaram num evento do Facebook que querem invadir a misteriosa base militar norte-americana Area 51. Popular entre os adeptos das teorias da conspiração e fãs de ficção científica — afinal, uma das teorias mais famosas (mas não necessariamente verdadeira) diz que nesta base militar moram as provas de que existem aliens –, esta zona ultra secreta localiza-se no deserto do Nevada e continua a ser uma grande incógnita para o mundo inteiro. O que poderão encontrar, então, os aventureiros que a querem invadir? Foi isso que o jornal espanhol El Confidencial tentou responder.

Antes de mais, é importante assinalar que de todas essas 1,6 milhões de pessoas, nenhuma, absolutamente nenhuma, pode aparecer no lugar e data acordada para a invasão: 20 de setembro. Por muito que nos últimos tempos tenha havido uma enorme atenção mediática em torno do evento é importante não esquecer que isto é uma brincadeira. Envolve milhões de pessoas por todo o mundo, certo, mas não passa disso.

Mesmo assim, no caso hipotético (e distante) de haver alguém a invadir a Area 51, é muito provável que isso seja a última coisa que faça.

A zona em questão, cujo perímetro está delineado por postes cor-de-laranja, é conhecida por estar vigiada não só por sistemas de segurança de alta-tecnologia, com sensores de movimento e câmaras de alta-definição, mas também guardas armados e camuflados — que não são nada simpáticos, como se pode ver em alguns vídeos.

Estes guardas, segundo o blog Foxtrot Alpha, estão abrangidos pelo Internal Security Act, uma lei federal de 1950, que os autoriza a disparar para matar sobre qualquer pessoa que se recuse a cumprir as suas ordens. A utilização de “força letal” está justificada para qualquer tipo de desobediência, por mais pequena que seja.

A Area 51 continua a ser um dos lugares mais secretos do mundo, o que o torna um polo apetecível para todos os tipos de teorias de conspiração. Para esta realidade contribui o facto de durante vários anos — pelo menos até ao dia 29 de setembro de 1995 — o Governo dos EUA não reconhecer a existência desta base militar que ocupa 1,2 milhões de hectares e tem um espaço aéreo restrito de 12.950 quilómetros quadrados.

O primeiro grande “boom” de popularidade desta Area 51 surge na década de 20, quando uma alegada nave extraterrestre se despenhou perto da cidade de Roswell, Novo México. Diz a lenda que essa suposta ‘nave’ foi recolhida e transportada para esta base. Um suposto transportador desta nave chamado Bob Lazar — que na verdade é um conhecido conspirador e “físico” auto-proclamado — , tratou de popularizar esta teoria que é veemente negada pelo Governo norte-americano.

Agora, depois da viralidade alcançada por esta “brincadeira”, a Força Aérea norte-americana viu-se obrigada a responder, não vá o diabo tecê-las…

A porta voz deste ramo militar, Laura McAndrews, assegurou num comunicado ao jornal USA Today que estão a par dos planos, não especificando se estava preparado algum plano de contingência.

Em vez disso, os militares preferiram advertir qualquer um que pense em levar a sério este desafio: “A base de testes de Nevada é uma área em que a Força Aérea testa caças de combate. Qualquer tentativa de a visitar de forma ilegal será muito perigosa.”

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