www.jornaldenegocios.ptjornaldenegocios.pt - 25 jun. 09:31

Tensões geopolíticas levam juros alemães para novo mínimo e ouro para máximos de 2013

Tensões geopolíticas levam juros alemães para novo mínimo e ouro para máximos de 2013

As tensões geopolíticas estão a levar os investidores a fugir das ações, beneficiando as obrigações e ativos como o ouro. O metal amarelo segue em máximos de maio de 2013 e os juros da Alemanha já atingiram novos mínimos.

Os mercados em números

PSI-20 desce 0,08% para 5.080,59 pontos

Stoxx 600 perde 0,19% para 383,07 pontos

Nikkei desvalorizou 0,43% para 21.193,81 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos descem 0,7 pontos para 0,512%

Euro recua 0,08% para 1,1390 dólares

Petróleo em Londres cai 0,28% para 64,68 dólares o barril

Bolsas europeias descem pela terceira sessão

As bolsas europeias estão a cair esta terça-feira, 25 de junho, pela terceira sessão consecutiva, penalizadas por tensões geopolíticas que têm os Estados Unidos como principal protagonista. A juntar às tensões entre Washington e Pequim, há agora uma nova frente de batalha, entre os Estados Unidos e o Irão, que se agravou ontem depois de a administração Trump ter decretado novas sanções contra Teerão, que atingirão também o seu líder supremo, Ayatollah Ali Khamenei, e outras figuras do regime.

Já esta terça-feira, o Irão anunciou que, com novas sanções, fica fechada a via diplomática entre os dois países, impossibilitando qualquer negociação.

Esta crescente tensão está a pesar no sentimento dos investidores e a penalizar os mercados acionistas. O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, desliza 0,19% para 383,07 pontos.

Por cá, o PSI-20 desce 0,08% para 5.080,59 pontos, penalizado sobretudo pelo BCP, Jerónimo Martins e Sonae. O banco liderado por Miguel Maya desce 0,15% para 25,92 cêntimos, a Jerónimo Martins cede 0,14% para 14,22 euros e a Sonae desvaloriza 1,01% para 83,7 cêntimos.   

Juros da Alemanha atingem novo mínimo histórico

O movimento de fuga ao risco está a beneficiar as obrigações dos países da Zona Euro, que seguem em alta e, consequentemente, os juros em queda.

Na Alemanha, a yield associada às obrigações a dez anos está mesmo num novo mínimo histórico, com uma descida de 1,8 pontos para -0,327%. Em Portugal, os juros a dez anos recuam 0,7 pontos para 0,512%, em Espanha caem 0,9 pontos para 0,393% e em Itália contrariam a tendência com uma subida ligeira de 0,2 pontos para 2,150%.

Dólar desce para mínimos de março

O índice que mede a evolução do dólar face às principais congéneres mundiais está a negociar no valor mais baixo desde 21 de março, seguindo já na quinta sessão consecutivas de quedas. A nota verde, que tem sido penalizada pela perspetiva de uma descida dos juros nos Estados Unidos por parte da Reserva Federal, reflete também a crescente tensão entre Washington e Teerão, que se soma à disputa em curso entre os Estados Unidos e a China. Essa frente de batalha poderá conhecer novos desenvolvimentos no final desta semana, com o encontro agendado entre Donald Trump e Xi Jinping, à margem da cimeira do G-20 em Osaka, no Japão.

Petróleo em queda ligeira

O petróleo está a negociar em queda ligeira nos mercados internacionais, depois deter subido quase 8% em três dias, impulsionado pela tensão entre os Estados Unidos e o Irão. Segundo a Bloomberg, além da correção, a matéria-prima também está a ser penalizada pelas dúvidas do mercado acerca da extensão dos cortes na produção da OPEP.

Em Nova Iorque, o West Texas Intermediate (WTI) está a descer 0,12% para 57,83 dólares, enquanto em Londres, o Brent desvaloriza 0,28% para 64,68 dólares.

Ouro atinge novo m��ximo de mais de seis anos

Os investidores estão a fugir dos ativos considerados mais arriscados, como as ações, e a procurar refúgio em ativos tidos como mais seguros, como é o caso do ouro, que atingiu esta terça-feira um novo máximo de mais de seis anos.

O metal amarelo está a subir 1% para 1.433,95 dólares – a cotação mais alta desde maio de 2013 – naquela que é já a sexta sessão consecutiva de ganhos.

O ouro tem beneficiado da forte incerteza que afeta os mercados, não só devido à guerra comercial entre a China e os Estados Unidos como ao recente agravamento da tensão entre Washington e Teerão.

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