expresso.ptexpresso.pt - 25 jun. 10:28

Mário Centeno: "O SNS é hoje melhor do que em 2015"

Mário Centeno: "O SNS é hoje melhor do que em 2015"

O ministro das Finanças deu ontem uma entrevista à TVI na qual afirmou que a Saúde, a Educação e a Ciência foram as três áreas da Administração Pública que tiveram um maior investimento a nível de pessoal

No dia em que apresentou um excendente orçamental de 04% do PIB, o ministro das Finanças foi à TVI fazer o auto-elogio. Apesar de todas as críticas e das notícias de cortes no setor da saúde - como o encerramento de maternidades no verão ou a falta de especialistas - Mário Centeno garante "o SNS é hoje melhor do que em 2015".

Mário Centeno sublinha que houve um investimento de 1.600 milhões de euros por ano no SNS e que isso não foi em vão. "São mais 11.800 profissionais na saúde, o que representa um aumento da despesa com pessoal de 25%. Além disso, do lado dos outros consumos correntes, que não em pessoal, o SNS tem mais 780 milhões de euros, um aumento de 19% face a 2015. E tenho a certeza que estes recursos estão a ser usados em serviço das populações", disse o ministro em entrevista ao Jornal das 8 da TVI.

O governante garante que a Saúde, a Educação e a Ciência foram "as três áreas que mais cresceram em termos de pessoal", um investimento a nível de qualificações que Centeno diz ser para continuar. “O Estado hoje tem mais recursos afetos ao Serviço Nacional de Saúde. Eu tenho a certeza de uma coisa: o Serviço Nacional de Saúde, hoje, é melhor do que era em 2015. Não tenho nenhuma dúvida sobre isto. O serviço que é prestado hoje na saúde aos portugueses é melhor do que era em 2015. Mil e seiscentos milhões de euros por ano não podem ser despesa em vão, e não são.”

Sobre o excedente orçamental, conquistado até março, Centeno diz que se deve à "dinâmica da economia, da evolução da receita fiscal e não fiscal e da execução da despesa que mantém o padrão de anos anteriores". E admitiu que pretende fazer uma redução dos mais de 540 benefícios fiscais. "Acho que se melhorarmos a saúde desses benefícios fiscais no seu conjunto, mesmo que não toquemos na despesa fiscal, o objetivo é atingido. Há muitos benefícios fiscais que hoje existem para beneficiar empresas que não precisam. O objetivo de Portugal nos próximos anos é melhorar a qualidade da despesa. É um processo em curso. E melhorar a relação entre a carga de impostos e quem a suporta, mexendo de forma significativa nos benefícios fiscais."

Ontem, o Presidente da República aplaudiu o "ótimo" desempenho das contas públicas. E elogiou “a subtileza e inteligência” do ministro das Finanças. Porém, Marcelo também disse que não há bela sem senão. Neste caso, as despesas que ficaram por fazer no setor social. "Vamos ver que custo é que isso tem em termos de alguns serviços públicos e despesas sociais."

E alertou que que os próximos meses não devem favorecer aumentos de despesa para compensar as poupanças feitas até aqui. "“A notícia menos boa é que, sobretudo em ano de eleições, certas despesas têm um problema adicional. É que o Governo que sair de eleições fica em gestão corrente, o que significa que não tem poderes orçamentais”, disse o Presidente.

Marcelo Rebelo de Sousa quis assim acabar com a tentação de se gastar mais no segundo semestre do ano, que calha em época de eleições. "Sobretudo num ano de eleições, verdadeiramente o que se passa é que há certas despesas guardadas para o final”.

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