www.dinheirovivo.ptdinheirovivo.pt - 25 jun. 09:04

Estudo. PME admitem crescer com impulso internacional

Estudo. PME admitem crescer com impulso internacional

Os empresários portugueses estão preocupados com o possível aumento das taxas de juro e as políticas protecionistas de Donald Trump

A maioria das pequenas e médias empresas (PME) perspetiva aumentar este ano a sua atividade internacional, revela um estudo da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (CCIP). Segundo o ‘InSight’, organizado pelo terceiro ano consecutivo pela CCIP, 63% das empresas inquiridas prevê que o volume de negócios da atividade exportadora e/ou internacional aumente, ao passo que 26% considera que se vai manter ao nível corrente e 4% que vai decrescer. Já sobre a entrada em novos mercados este ano, 86% das sociedades inquiridas prevê aumentar o número de mercados em que está presente.

As principais preocupações apontadas pelos empresários são o possível aumento das taxas de juro, as políticas protecionistas de Donald Trump nos Estados Unidos, o Brexit (saída do Reino Unido da União Europeia) e ainda o progressivo aumento do salário mínimo nacional até aos 600 euros.

Em termos operacionais, 50% das empresas inquiridas relevam as dificuldades de acesso ao financiamento como um fator de preocupação na atividade internacional, seguindo-se o acesso a mão de obra qualificada (47%) e o sistema judicial/justiça económica (39%).

Espanha como motor
Relativamente ao ano passado, 17% das empresas referiu Espanha como mercado que mais contribuiu para a evolução positiva das dinâmicas internacionais, seguindo-se França (14%), e Angola, Alemanha e Reino Unido com 10% cada. “Para 59% das empresas inquiridas, 2018 foi um ano positivo, de crescimento da atividade internacional, no que aparentemente reflete um cumprimento das expectativas dos gestores (56%)”, lê-se no estudo a que a Lusa teve acesso.

No entanto, e relativamente aos números de 2016 e 2017, “começam a ser expressivas quer as percentagens de empresas nas quais a atividade internacional diminuiu (17% da amostra), quer as percentagens dos respondentes que afirmam que o ano de 2018 ficou abaixo das expectativas (36% da amostra)”.

“Objetivamente, podemos afirmar que estas respostas são um cabal reflexo do abrandamento do ritmo do crescimento das exportações observado a partir de meados de 2018”, de acordo com os autores do estudo.

Ainda assim, “em 2018, cerca de 47% das empresas inquiridas entraram em pelo menos um mercado novo, sendo que 21% afirmam ter aberto dois ou mais novos mercados (em 2017 estas percentagens foram de 46% e 21%, respetivamente)”.

No topo de novos mercados internacionais, o Brasil ocupa o primeiro lugar, com 7% das empresas inquiridas a terem entrado no país pela primeira vez no ano passado, seguindo-se com 4% os Estados Unidos e a Colômbia, e com 3% Alemanha, Bélgica, Emirados Árabes Unidos e China.

No inquérito, a percentagem de empresas que relata resultados positivos “evolui de forma expressiva, de 42% no caso de empresas internacionalizadas há menos de cinco anos para 78% nas que estão internacionalizadas há mais de dez anos”.

A amostra deste estudo correspondeu a 414 pequenas e médias empresas respondentes, das quais 288 estavam internacionalizadas.

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