www.jornaldenegocios.ptjornaldenegocios.pt - 17 jun. 11:18

Casal de suecos burla multinacionais a partir de Setúbal

Casal de suecos burla multinacionais a partir de Setúbal

Michel M., de 38 anos, e Malicka N. de 28, vieram para Portugal em 2017 e, a partir de Setúbal, conseguiram enganar empresas de todo o mundo - mais de duas dezenas chegaram a fazer transferências, no valor de 1,7 milhões de euros.

Há cerca de dois anos, um casal sueco, procurado no país natal por burlas informáticas, instala-se em Setúbal, onde continuaram a praticar os crimes.

Michel M., de 38 anos, e Malicka N., de 28, acabaram por ser detidos pela PJ, no ano passado, encontrando-se atualmente em prisão preventiva.

De acordo com Jornal de Notícias, Michel e Malicka foram agora acusados pelo Ministério Público de burla, branqueamento e acesso indevido depois de terem conseguido enganar empresas de todo o mundo com roubos de emails, levando-as a fazer transferências bancárias, na ordem de 1,7 milhões de euros.

Muitas transferências foram bloqueadas pelos bancos, por suspeitas de origem fraudulenta do dinheiro, mas o casal ainda recebeu 645 mil euros e embolsou 300 mil.

"Quando o sistema bancário começou a travar as transferências, os arguidos procuraram pessoas com dificuldades económicas da zona de Setúbal, que abriram dezenas de contas para servirem de ‘mulas’ financeiras", as quais irão agora responder por recetação, conta o mesmo diário.

Numa das vezes, refere o jornal, imediatamente após ter recebido uma transferência de 94 mil euros de uma empresa norte-americana, o casal foi ao casino de Tróia, onde comprou 50 mil euros em fichas de jogo.

O jornal conta, também, que, em novembro de 2017, o casal sueco conseguiu aceder aos emails da multinacional Miele e levaram duas empresas devedores da firma de eletrodomésticos a fazer-lhes uma transferência de 60 mil euros.

Qual era o "modus operandi"? Simples: com o chamado "phishing", o casal conseguia entrar em caixas de correio eletrónico de empresas, acedia à correspondência comercial e identificava firmas a quem a companhia pirateada devia dinheiro.

Depois, fazendo-se passar pela empresa credora, enviavam emails aos devedores, com o número de conta que controlava, para que estes transferissem o dinheiro em dívida.

Michel é alvo de um mandado de detenção europeu emitido pela Suécia.

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