observador.pt - 24 mai. 19:52
Orlando Figueira pede 15 milhões a Proença de Carvalho e Carlos Silva
Orlando Figueira pede 15 milhões a Proença de Carvalho e Carlos Silva
O procurador, que foi condenado por corrupção, avançou com uma ação cível contra o advogado Proença de Carvalho e o banqueiro Carlos Silva. Pede uma indemnização de 15 milhões de euros.
Orlando Figueira, o procurador do Ministério Público que foi condenado na Operação Fizz por crimes de corrupção passiva, falsificação de documentos e branqueamento de capitais, interpôs uma ação cível contra o advogado Daniel Proença de Carvalho e pede uma indemnização no valor de 14,99 milhões de euros, noticiou o Público. Na mesma ação, o antigo magistrado visa também a sociedade de advogados Uría Menéndez, de Proença de Carvalho, e o banqueiro angolano Carlos José da Silva. Segundo Orlando Figueira, o advogado e o banqueiro montaram-lhe uma cilada.
O procurador foi condenado a seis anos e oito meses de prisão efetiva, mas está a aguardar decisões de um recurso no Tribunal da Relação que lhe pode reduzir a pena.
O jurista tem afirmado que foi Carlos Silva quem o aliciou para ir trabalhar para Luanda — uma forma, percebeu só depois, de o afastar das investigações a Angola, nas quais trabalhava no DCIAP. Além disso, Orlando Figueira diz que foi o advogado Daniel Proença de Carvalho que serviu de intermediário em algumas das negociações. Os dois t��m negado esta versão.
Dos cerca de 15 milhões de euros exigidos por Orlando Figueira, sete milhões são referentes a danos patrimoniais e oito milhões são por danos morais. Atualmente, Orlando Figueira está colocado em Sintra, a receber cerca de 3.500 euros mensais, depois de ter cessado a licença sem vencimento que tinha desde 2012. Não está, contudo, a exercer funções porque ainda aguarda decisão do recurso que apresentou.