expresso.ptexpresso.pt - 22 mai. 16:09

CEO RESET. Magalhães Correia gostaria de ter comunicado a venda das casas da Fidelidade "de outra maneira"

CEO RESET. Magalhães Correia gostaria de ter comunicado a venda das casas da Fidelidade "de outra maneira"

Em resposta a perguntas de alunos de economia e gestão, o presidente do conselho de administração da companhia de seguros Fidelidade aborda a polémica gerada no país com a venda de património imobiliário da seguradora. Também destaca os empregos que o grupo tem criado no interior. Este é o terceiro de dez CEO que aceitaram o repto do jornal Expresso e da consultora EY para fazerem “reset” e refletirem sobre o desafio que é gerir uma empresa ou ter de começar de novo

Alunos das escolas de negócios do país que mais bem posicionadas estão no ranking do Financial Times foram convidados a colocar perguntas aos dez CEO que aceitaram o repto do jornal Expresso e da consultora EY para participarem nesta troca de ideias que é a iniciativa “Reset”. O mote lançado aos alunos foi: “Se tivesse a oportunidade de fazer uma pergunta a um experiente CEO, que conselho ou dica lhe pediria?”. Eis as respostas de Jorge Magalhães Correia às duas questões selecionadas pelo Expresso.

A primeira pergunta é de Duarte Mexia, 45 anos. Este estudante frequenta o Executive MBA do INDEG-ISCTE e tem como desafio tirar partido da sua experiência multicultural para melhorar explorar os recursos, implementar, adaptar, comunicar e fundir diplomacia com disrupção. Ele pergunta: “Ao longo do seu percurso, um gestor implementa medidas ou iniciativas sem sucesso devido a uma deficiente comunicação. A equipa, os clientes ou o país interpretam mal a decisão tomada. Pode enumerar um caso em que tal lhe tenha acontecido e o que mudaria se fosse hoje?”.

Em resposta a esta pergunta, o CEO abordou a polémica em torno do património imobiliário que a Fidelidade vendeu em 2018, uma decisão que acabou por ter amplas repercussões a nível político e social dada a sensibilidade do tema da habitação no país. Veja a resposta no seguinte vídeo:

Saiba mais no vídeo: RESET | Jorge Magalhães Correia | Já lhe sucedeu interpretarem mal uma decisão devido a uma deficiente comunicação?

A segunda pergunta é de Sofia Moura Castro, 22 anos. Esta estudante do mestrado em economia da Católica Lisbon School of Business & Economics pretende começar a sua carreira profissional nas áreas da consultoria ou auditoria. Ela pergunta: "Considerando as grandes diferenças em termos de desenvolvimento económico e de rendimento entre as regiões no país - por exemplo, Porto e Lisboa e o resto do país - existem estratégias implementadas pelas empresas que promovam a redução ou desaparecimento desta heterogeneidade no país? Quais? E os jovens poderão ter um papel importante na eficácia destas estratégias?".

Em resposta a esta pergunta, o CEO explica a estratégia comercial da Fidelidade e valoriza o sistema de educação em Portugal:

  • “A nossa estratégia é muito aberta, multicanal. Somos a única empresa, talvez até europeia, que trabalha com cinco canais diferentes de distribuição. Nós distribuímos nos Correios em Portugal, na Caixa Geral de Depósitos, nos nossos mediadores, nos nossos brokers, temos distribuição direta… Quer o nosso cliente esteja na montanha com o seu computador, numa loja, na Caixa ou nos Correios, ele tem sempre uma porta aberta para entrar na Fidelidade”.
  • “De um ponto de vista comercial, nós seguimos os nossos clientes. Nós estamos onde os clientes estão. Nessa medida, se os nossos clientes estão mais nas cidades, estamos mais nas cidades. Não temos estratégias para deslocalizar os nossos clientes”.
  • “Um ponto diferente é se, como empresa, procuramos ter alguns serviços noutras áreas. Temos. Por exemplo, abriu agora um call center em Vila Real de Trás-os-Montes, na Luz Saúde. Também temos mais pessoas que trabalham para nós em Évora e noutros sítios. Estamos, realmente, a alargar a nossa base dos contact centers a outras zonas do país”.
  • “As empresas portuguesas não têm problemas de qualidade de recursos humanos. As pessoas formadas pelo sistema de educação em Portugal comparam com qualquer outra nacionalidade, estejam na Covilhã, em Lisboa ou noutro sítio qualquer do país. Isso não é um obstáculo”.

Jorge Magalhães Correia é o terceiro de dez gestores de empresas que aceitaram o repto do jornal Expresso e da consultora EY para fazerem “RESET” e refletirem sobre o desafio que é gerir uma empresa ou ter de começar de novo. Acompanhe no site do Expresso as suas histórias, dicas e conselhos

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