observador.ptobservador.pt - 21 mai. 16:07

10 assaltos que ficaram para a história (do cinema)

10 assaltos que ficaram para a história (do cinema)

Hollywood é farta em heist movies, filmes de golpe que envolvem planos maquiavélicos, assaltos épicos (ou falhados) e fugas memoráveis. Estes 10 fazem parte da seleção obrigatória de qualquer cinéfilo
Um Golpe em Itália

Existem dois filmes com este nome e que têm ambos o mesmo estatuto de clássicos do cinema. O original britânico, de 1969, e o remake americano de 2003. Apesar de partilharem a personagem principal (Charlie Croker), o tema (um grande assalto em Itália) e até cenas de perseguição com um Mini Cooper, são filmes distintos, que se passam em cidades diferentes. Qualquer um deles, no entanto, é uma óptima sugestão de matiné de fim de semana.

Ocean’s Eleven — Façam as Vossas Apostas

O filme do género mais bem sucedido dos últimos anos é, também ele, o remake de outro, de 1960, com Frank Sinatra no papel principal. Ambos se debruçam sobre um assalto grandioso e simultâneo a diversos casinos de Las Vegas. Mas o sucesso dos dois filmes é incomparável. O Ocean’s Eleven contemporâneo, realizado por Steve Soderbergh e com um elenco verdadeiramente luxuoso (George Clooney, Brad Pitt, Matt Damon, Julia Roberts, entre outros) não só deu direito a duas sequelas e a um spin off — Ocean’s Twelve (2004), Ocean’s Thirteen (2007) e Ocean’s 8 (2018) — como redefiniu o género heist movie do século XXI.

Os Suspeitos do Costume

Afinal, quem era Keyser Söze? A pergunta que atravessa boa parte deste thriller policial de culto estendeu-se muito para lá do seu desfecho. É a prova de que o argumento original de Christopher McQuarrie mereceu bem o Óscar que ganhou em 1995. Um filme alicerçado não só nesse argumento, e respetiva estrutura narrativa invulgar, como em prestações fabulosas do elenco, principalmente de Kevin Spacey, que também viria a ser distinguido com a estatueta dourada para Melhor Actor Secundário no mesmo ano.

Um Peixe chamado Wanda

Neste universo cinematográfico dedicado aos assaltos grandiosos não haverá, provavelmente comédia melhor do que esta, escrita a meias pelo realizador Charles Crichton e por John Cleese, dos Monty Phyton, que também a protagoniza (com Jamie Lee Curtis e Kevin Kline). Um Peixe Chamado Wanda conta a história muitíssimo atribulada de um roubo de diamantes em Londres. O assalto, em si, até nem corre mal. O pior vem depois. Um filme recheado de momentos hilariantes que valeu a Kevin Kline o Óscar de Melhor Actor Secundário e a John Cleese um BAFTA para Melhor Actor.

Infiltrado

Quatro assaltantes entram num banco em Nova Iorque vestidos de macacão com capuz. Rapidamente dividem os trabalhadores em grupos, obrigam-nos a vestir uniformes iguais aos seus e misturam-se com estes. Até que chega a polícia e começa uma longa negociação. Faz lembrar a famosa série La Casa de Papel — com as devidas distâncias temporais e geográficas — mas é a premissa de Infiltrado, (excelente) filme de Spike Lee lançado em 2006, com Clive Owen, Denzel Washington e Jodie Foster nos papéis principais.

Um Roubo no Hipódromo

O título em português não é tão conhecido como o original: The Killing. Foi o próprio Stanley Kubrick a considerar este filme a sua primeira obra madura, um film noir (subgénero dos policiais americanos dos anos 40 e 50) que descreve um assalto a um hipódromo — daí o título português — num estilo semi-documental, com narrador, e não-linear, com saltos temporais frequentes. Consta, aliás, que foram esses mesmos saltos temporais que o atraíram no livro em que baseou o argumento, Clean Brake, de Lionel White.

Cães Danados

Foi precisamente a obra anterior da lista a inspirar Quentin Tarantino, que, à época, trabalhava numa loja de aluguer de vídeos, para criar este filme (Reservoir Dogs no título original), sobre um roubo de diamantes em que os participantes nada sabem uns sobre os outros. Nem o nome, já que cada um é conhecido apenas por uma cor. Foi a primeira longa-metragem assinada por Tarantino — e logo no duplo papel de argumentista e realizador —, já com a violência e diálogos afiados que viriam a caracterizar a sua obra até hoje.

O Caso Thomas Crown

Mais uma vez, dois filmes para o mesmo título, separados por três décadas. Ambos com o mesmo nome, a mesma premissa, mas debruçados sobre dois assaltos distintos. No original de 1968, o multimilionário Thomas Crown (Steve McQueen) é o mentor de um golpe que leva 2,6 milhões de dólares de um banco em Boston. Na versão mais recente (1999), é o próprio Thomas Crown (Pierce Brosnan) a roubar um quadro de Monet do Museu Metropolitano de Arte de Nova Iorque. Em ambos Crown desenvolve uma relação com a inspectora encarregada de investigar o crime. Com finais diferentes, porém.

Heat – Cidade sob Pressão

Depois de terem protagonizado — mas sem se cruzar na história — a mítica sequela de O Padrinho, Al Pacino e Robert De Niro só se voltaram a encontrar no grande ecrã em 1995, neste magnífico filme de Michael Mann. Neil McCauley (De Niro) é o criminoso, Vincent Hanna (Pacino) o polícia. O primeiro é um criminoso perfeccionista, que planeia assaltos em larga escala, o segundo um agente dedicado. Ambos desenvolvem uma relação curiosa, de algum respeito e admiração até. A cena em que se encontram frente a frente num diner ficou para a história do cinema.

Crónica dos Bons Malandros

Para terminar, saímos do universo Hollywood e entramos no universo lisboeta, dos bons e castiços malandros criados por Mário Zambujal que, para poderem finalmente abandonar a vida criminosa, decidem aceitar a encomenda de um italiano — roubar as jóias da coleção Lalique do Museu Gulbenkian (que, já agora, existem mesmo e cuja visita é muito recomendável). O best seller do jornalista e escritor foi transformado em filme em 1984 (quatro anos após a sua edição em papel) por Fernando Lopes, com João Perry, Nicolau Breyner, Lia Gama e Maria do Céu Guerra nos papéis principais.

Nenhum dos alvos destes assaltantes ficcionais estava protegido com os sistemas de segurança da Prosegur.
Saiba mais sobre estes em prosegur.pt

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