expresso.ptexpresso.pt - 24 mar. 18:30

Partido da junta militar no poder na Tailândia lidera projeções após fecho das urnas

Partido da junta militar no poder na Tailândia lidera projeções após fecho das urnas

Os resultados oficiais definitivos deverão ser divulgados na segunda-feira de manhã

O partido da junta militar no poder na Tailândia lidera a contagem nas eleições legislativas quando estão contabilizados 92% dos votos, de acordo com os primeiros resultados após o fecho das urnas divulgados este domingo pela comissão eleitoral.

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Quando estão contados 92% dos boletins de voto, cerca de 7,5 milhões de eleitores tailandeses votaram no partido da junta militar, Phalang Pracharat, à frente do do partido pró-democracia Pheu Thai (Para os Tailandeses), com 7 milhões e o emergente e antimilitar Anakot Mai (Novo Futuro), com 3,5 milhões.

Estas são as primeiras eleições realizadas na Tailândia depois do golpe de Estado de maio de 2014, liderado pelo general Prayut Chan-ocha, atual primeiro-ministro e cabeça de lista do Phalang Pracharat.

As mesas de voto abriram esta manhã para as eleições no Parlamento, o qual permanecerá, contudo, condicionado pelos militares independentemente do veredicto das urnas, quase cinco anos após o exército ter tomado o poder.

Cerca de 51 milhões de tailandeses, em aproximadamente 90.000 escolas em todo o país que começaram a funcionar às 08h (01h em Lisboa), foram chamados a votar nas eleições adiadas meia dúzia de vezes pela junta militar desde que assumiu o poder em maio de 2014, quando os generais justificaram o golpe como forma de acabar com a corrupção e a instabilidade política após meses de protestos de rua.

Entretanto, a convocação das eleições, que foi adiada várias vezes, aconteceu após uma reforma legal completa para restringir a margem de manobra dos governos eleitos e fortalecer a interferência militar na vida política do país.

A Comissão Eleitoral também colocou em prática novas regras que prejudicam os principais partidos, com regulamentos destinados a complicar as possibilidades do clã Shinawatra, cujas plataformas políticas venceram em todas as eleições desde 2001.

Thaksin Shinawatra e sua irmã Yingluck, cujos governos foram depostos pelos militares em dois golpes, vivem no exílio para evitar a justiça tailandesa e são considerados inimigos pelos adeptos da monarquia e pelo comando militar.

Para ir às urnas, os Shinawatra dividiram o apoio político entre quatro formações, algumas delas novas.

O Pheu Thai, que formou o último governo democrático, é o principal partido dessa fação, que desta vez decidiu participar dividida em quatro formações para evitar a nova regra que limita o número de lugares por partido.

As eleições serão também as primeiras após a morte do rei Bhumibol, que morreu em outubro 2016, após 70 anos de reinado.

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