sol.sapo.ptPedro Ochôa - 22 mar. 11:37

Lavagem ao cérebro infantil

Lavagem ao cérebro infantil

Desta vez a seita da ideologia do género ultrapassou todos os limites da razoabilidade, desprezando ostensivamente os valores éticos que regulam a sociedade.

Sob o pretexto de educar os mais novos para a obrigatoriedade de respeitarem a igualdade do género, resolveu enviar para uma acção de doutrinação numa escola do Barreiro alguns dos seus acólitos, que se escondem a coberto de uma organização onde, para além de homossexuais e lésbicas, pontificam uma panóplia de pessoas perturbadas e frustadas com o sexo com que vieram ao mundo.

Estamos a falar de crianças de 11 anos que ainda há pouco iniciaram os seus estudos e estão na escola para aprenderem as disciplinas que lhes vão orientar no futuro e não para serem doutrinadas por gentes sem escrúpulos, que as procuram cativar para as suas hostes.

Engane-se quem, ingenuamente, acredite que esses inadaptados da vida vão apregoar a necessidade dos mais jovens respeitarem de igual forma todos os seres, independentemente das suas origens sociais, do sexo que lhes foi atribuído à nascença e da orientação sexual que entenderam por bem seguir.

Longe disso, trata-se antes de uma campanha de lavagem ao cérebro de miúdos que apenas têm idade para brincar, vendendo-lhes a absurda ideia de que não são obrigados a gostar de pessoas do sexo oposto, mas sim podem livremente escolher a orientação sexual que bem entenderem e, ainda mais grave, podem sem constrangimentos mudar de sexo, caso seja essa a sua vontade.

O lema escolhido pelos pretensos educadores não deixa margem para dúvidas: “sensibilizar os alunos para as diferentes orientações sexuais”!

Ou seja, abrir-lhes os olhos para que possam escolher sem tabus a sua sexualidade!

Mas, como bem disse um deputado do PSD, e que por isso foi crucificado na praça pública, que porcaria é esta?

Percebe-se agora a razão da esquerda marxista tanto idolatrar a escola pública e não desarmar enquanto não conseguir reduzir o ensino privado a uma dimensão mínima.

Somente através das escolas sustentadas pelos nossos impostos é que lhes surge a oportunidade de disseminarem a cultura marxista que, aos poucos, vai tomando conta do ensino de hoje.

Seria de esperar um coro de indignação perante este verdadeiro atentado aos mais elementares direitos da criança, mas não, à excepção do referido deputado social-democrata, de seu nome Bruno Vitorino, cujo gesto de coragem lhe valeu umas queixinhas apresentadas por duas controladoras do pensamento politicamente correcto, assistiu-se a um silêncio ensurdecedor, com toda a gente a assobiar para o lado.

O próprio partido do deputado em questão, com excepção do seu líder parlamentar, ignorou por completo a absurda acusação de homofobia de que este foi acossado.

Da esquerda à direita nenhum dirigente partidário protestou contra esta infame campanha nem ninguém teve a ousadia de exigir explicações ao governo, em particular ao ministro que tutela a educação.

Nem tão pouco do Presidente da República, que se gaba do seu catolicismo e não falha uma procissão ou missa, se ouviu qualquer comentário de desagravo com o sucedido, sabendo-se que estamos perante manifestações que visam minar a família, pedra basilar da sociedade.

Na verdade até se compreende este silêncio de Marcelo, que noutras matérias não se cansa de opinar diariamente, porque a sua maior preocupação é garantir o apoio socialista à sua recandidatura, pelo que convém não pisar os calos do amigo Costa. 

No rescaldo do golpe de Abril, após o partido comunista apoderar-se dos principais órgão de decisão política, toda uma sociedade, então liderada pelos responsáveis dos partidos democráticos,  que na altura souberam pôr o interesse nacional acima dos interesses partidários, revoltou-se contra o expansionismo soviético em Portugal, culminando com a derrota dos defensores da ditadura do proletariado em 25 de Novembro de 1975.

Curiosamente, ou não, agora uma data ignorada pela classe política rendida aos encantos de Marx e que nos desgoverna.

No entanto os derrotados de 75 não desarmaram e hoje conseguem impôr a sua agenda política, por terem logrado tornar o PS refém do seu jogo, e acrescentaram à sua luta a implementação da cultura marxista, escamoteada através do sedutor conceito de ideologia do género.

Esta nova doutrina oficial espalhou-se, como um vírus fora de controlo, por todas as instituições estatais, alastrando-se aos vários sectores da sociedade, nomeadamente as escolas, a cultura, as artes e a comunicação social.

Mas se no período revolucionário emergiram políticos de mão cheia, que conseguiram travar o avanço totalitário, nos tempos que correm a mediocridade tornou-se na imagem de marca das novas gerações fabricadas pelos aparelhos partidários, cujo único pensamento está direccionado para a cativação do eleitorado, furtando-se, por esse motivo, à defesa de princípios que possam ser conotados como contrários ao pensamento oficial.

Num dos países do mundo com menor taxa de natalidade e, consequentemente, com uma das populações mais envelhecidas do planeta, em vez de se pensarem e de se porem em prática medidas de apoio à família e que ofereçam aos pais a facilidade de terem mais filhos, projecto  que deveria ser a primeira preocupação de quem vive da política, independentemente da ala ideológica em que orbita, muito pelo contrário, a prioridade tem sido a aposta no individualismo em prejuízo do colectivo.

E o povo, outrora orgulhoso e valente, que fez de Portugal uma Nação grande, respeitada e temida, hoje remete-se a uma cobarde apatia, permitindo-se sair à rua quando estão em causa vantagens corporativos, mas que opta por ficar no conforto do lar quando se torna imprescindível batalhar por valores patrióticos.

Pedro Ochôa

NewsItem [
pubDate=2019-03-22 12:37:31.0
, url=https://sol.sapo.pt/artigo/650851/lavagem-ao-cerebro-infantil
, host=sol.sapo.pt
, wordCount=858
, contentCount=1
, socialActionCount=25
, slug=2019_03_22_638264459_lavagem-ao-cerebro-infantil
, topics=[opiniao]
, sections=[opiniao]
, score=0.000000]