jornaldenegocios.pt - 16 jan. 10:26
Banco central da China injeta fundos recorde para impulsionar a economia
Banco central da China injeta fundos recorde para impulsionar a economia
O banco central da China tem estado bastante ativo com medidas de suporte à economia, numa altura em que se avolumam os sinais de abrandamento da economia chinesa.
Com esta injeção de fundos, o banco central fomenta a concessão de crédito por parte dos bancos, que assim registam uma diminuição nos seus custos de financiamento. Recentemente já tinha reduzido os rácios de reserva dos bancos, o que abre mais espaço para aumentar o crédito concedido.
O Financial Times refere que apesar destes estímulos monetários, o crédito concedido pela banca chinesa permaneceu em níveis reduzidos no mês de dezembro, ilustrando o arrefecimento da segunda maior economia do mundo.
"Pequim está demonstrar uma preocupação cada vez maior com o abrandamento rápido da economia", comentou ao FT Ting Lu, economista-chefe do Nomura para a China.
Ontem soube-se que a China também vai avançar com estímulos fiscais, estando em cima da mesa uma redução de impostos às empresas e no consumo.
As exportações chinesas registaram a maior queda em dois anos. Pequim reportou um decréscimo de 4,4% nos bens exportados, muito abaixo do crescimento médio de 3% para o qual os analistas inquiridos pela Reuters apontavam. As importações também caíram (-7,6%), em contraste com a subida de 5% que constava das expectativas. A China atingiu, desta forma, um excedente comercial de 57 mil milhões em dezembro, o maior em três anos.
Este foi mais um indicador que fez soar os alarmes sobre a economia chinesa. E já provocou a reação do Executivo. Os responsáveis anunciaram que estão a ser preparadas reduções fiscais "de larga escala", segundo a Bloomberg.