expresso.sapo.pt - 18 nov. 14:41
Um passo atrás na esperança de paz para o Iémen
Um passo atrás na esperança de paz para o Iémen
Depois de António Guterres ter feito importantes declarações sobre a existência de um consenso entre as potências mundiais para terminar com a guerra no Iémen, o responsável pelas operações de paz da ONU dá um passo atrás: “É muito cedo” para pensar no processo de paz, diz Jean-Pierre Lacroix
O responsável pelas operações de paz das Nações Unidas, Jean-Pierre Lacroix, disse este domingo que é "muito cedo" para pensar numa missão de paz ou outras ações no Iémen, país que está em guerra civil desde 2015.
"É muito cedo para pensar sobre pormenores em relação a um maior compromisso da ONU, em particular numa missão de paz", afirmou aos jornalistas no Cairo, onde participa numa conferência sobre operações de paz em África e no Médio Oriente.
O principal responsável pelas missões de paz dos "capacetes azuis" afirmou que primeiro, entre outras condições, é preciso haver um acordo de paz.
A maior crise humanitária do planetaSegundo as Nações Unidas, a guerra no Iémen é responsável pela "pior crise humanitária" no mundo, atualmente, em que três quartos de uma população de 30 milhões de pessoas precisa de ajuda e mais de oito milhões dependem de ajuda externa para conseguir sobreviver.
Os rebeldes huthi continuam a mobilizar combatentes para defender a cidade estratégica de Hodeida, em vésperas de uma visita do enviado da ONU para organizar conversações de paz.
Dezenas de homens armados, alguns muito jovens, desfilaram a pé junto da capital, Sana, controlada pelos rebeldes, gritando palavras de ordem pela "vitória do Islão" e manifestando-se prontos para reforçar as frentes de combate, juntamente com veículos em que foram montadas metralhadoras.
A ONU promoveu o diálogo entre o governo do Presidente Abdo Rabu Mansur Hadi, reconhecido pela comunidade internacional, e os rebeldes xiitas huthi, que querem o poder.