www.jn.ptjn.pt - 18 nov. 21:07

Gaia sem espaço para tantos carros abandonados

Gaia sem espaço para tantos carros abandonados

Nos últimos cinco anos, as câmaras da Área Metropolitana do Porto retiraram das ruas 4280 carros abandonados.

O fenómeno afeta sobretudo os seis concelhos centrais - Porto, Gaia, Matosinhos, Gondomar, Maia e Valongo -, onde foram rebocados quase quatro mil veículos. Em Gaia, já nem há espaço para tantos carros. E há cada vez mais denúncias.

"Neste momento o parque [nos estaleiros municipais] encontra-se lotado, motivo pelo qual temos viaturas em espera para serem removidas. No entanto, estão 164 viaturas a aguardar abate, pelo que, a breve prazo, serão removidas. Paralelamente, está previsto, até ao final do ano, um aumento do parque em cerca de 300 lugares, duplicando a sua capacidade atual", explica a Câmara de Gaia, que nos últimos 10 anos rebocou quase 2500 carros abandonados.

A Autarquia acrescenta que o processo de remoção "não é tão célere quanto seria de desejar", uma vez que é preciso cumprir uma série de formalismos legais, com prazos relativamente alargados, antes do Município tomar posse dos veículos. A Câmara lembra que há casos em que existem pedidos de apreensão pendentes e cujos processos se arrastam por vários anos, havendo veículos em depósito há mais de uma década.

No Porto, onde são rebocados mais carros, não existem problemas de espaço. "Face ao aumento das remoções, a Polícia Municipal passou a agilizar os processos, de modo a que não haja uma sobrecarga nos parques existentes [Silo-Auto e Campo Alegre", esclarece o Município. O aumento gradual no número de veículos rebocados, diz a Câmara, resulta da "aposta na requalificação e limpeza da via pública, assim como na preservação ambiental".

Desmantelamento

Já em Matosinhos, anualmente é contratada uma prestação de serviços para desmantelamento de viaturas pelo que o espaço nos armazéns gerais da Câmara, com 70 lugares, tem sido suficiente. Em Gondomar, as 1650 viaturas referenciadas nos últimos cinco anos, 1369 acabaram por ser removidas pelos próprios donos. Tal como na Maia e em Valongo, também não há problemas de espaço.

Colocado aviso para os proprietários

É colocado no carro um aviso a dar um prazo ao proprietário para removê-lo. Findo esse prazo, é rebocado. Para recuperá-lo é preciso pagar taxas de remoção ou depósito. Veículos podem ir para abate, ser vendidos em hasta pública ou ficar para as câmaras.

Póvoa de Varzim

Excetuando os concelhos centrais do Grande Porto, é onde se sente mais o problema. De tal forma que a Câmara vai ceder mais um espaço à Polícia Municipal. Até porque, devido a processos judiciais que se arrastam, há veículos na posse do Município "há 10 ou 12 anos".

Vale de Cambra e Arouca

Sem problemas. Em Vale de Cambra neste ano não houve qualquer reboque e em Arouca, desde 2013, houve um caso.

Feira, Espinho e S. João da Madeira

As câmaras da Feira e de Espinho disseram que a competência de rebocar carros abandonados é da PSP. Também a de S. João da Madeira diz que no último ano detetou 15 casos, que comunicou à PSP.

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