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Grupo Minor expande rede de hotéis Tivoli para a Ásia

Grupo Minor expande rede de hotéis Tivoli para a Ásia

A comemorar 85 anos de existência, a cadeia de hotéis Tivoli faz balanço da atividade e fala dos novos projetos no estrangeiro.

O grupo tailandês Minor, dono da cadeia de hotéis Tivoli, prepara-se para dar mais um passo na expansão da marca para países da Ásia e reforçar o inventário na América Latina. Nos próximos três anos, vão nascer três novos hotéis Tivoli na Coreia do Sul, China e Brasil, através de contratos de gestão.

O primeiro a abrir portas deverá ser em Busan, na Coreia do Sul, que tem inauguração agendada para 2020. A segunda unidade a ser inaugurada será em Hangzhou, na China, com abertura prevista no ano seguinte. Já no Brasil, o grupo vai lançar um novo hotel em Fortaleza e pode vir outro a caminho.

O apetite por Cuba também cresceu e é um destino onde os tailandeses não escondem a vontade de entrar. “Estamos muito próximos de assinar um contrato para um hotel em Varadero com 500 quartos”, disse ao Dinheiro Vivo Marco Amaral, responsável pelas operações e desenvolvimento da Minor para Portugal e América Latina.

A expansão internacional dos hotéis Tivoli arrancou há 33 anos com a aquisição do Ecoresort Praia do Forte Bahia, no Brasil. Seguiu-se, depois, a abertura do Tivoli Mofarrej, em São Paulo. Este ano, caminham para um novo recorde. Ambas registaram em 2018 o seu melhor ano de sempre, com casa cheia (+60%) e a preços mais elevados (+14%), sobretudo devido à forte procura de brasileiros, realça Marco Amaral, que explica: a desvalorização do real levou os brasileiros a fazer férias dentro do país.

Além disso, os planos do grupo não excluem Portugal. Estão atentos ao Porto e São Miguel, nos Açores, mas não há nada de concreto no momento. Os principais entraves estão na escalada de preços do imobiliário na Invicta, assim como a falta de edifícios de grandes e médias dimensões, assinala o diretor das operações e desenvolvimento da Minor para Portugal e América Latina, para quem “hotéis com menos de cem quartos não compensam”.

A marca Tivoli fechou o ano passado com uma taxa média de ocupação na ordem dos 62% em Portugal e, em 2018, estima alcançar os 64%. Também os proveitos deverão crescer 21%, impulsionados por uma variação positiva de 10% no preço médio. O responsável congratula-se por estarmos a “aproximar-nos de um preço alinhado com o serviço entregue”. E, realça: “Uma parte considerável do aumento da receita de alguns hotéis deve-se também ao food & beverage [vertente de comida e bebida], o nosso segundo maior negócio”.

Em Portugal, os ingleses ainda são os principais clientes dos hotéis Tivoli, mas já não valem mais de 24,8%. Os portugueses (13,5%) e alemães (8,5%) geram uma fatia importante das dormidas, seguidos dos norte-americanos (7,4%) e brasileiros (5,5%), que estão em franca expansão. Neste momento, estima-se um crescimento de 21% em 2018 nos resultados globais em 2018.

Marco Amaral olha para a falta de recursos humanos na hotelaria e o transporte aéreo como os principais “gargalos” do turismo português. Acrescenta ainda que “é preciso uma agenda de eventos a acontecer na cidade [Lisboa] que se traduza em razões para que os turistas regressem”. A solução? “Ações como a Web Summit são inteligentes e mais rápidas de resolver do que um aeroporto”, atira.

O essencial a saber sobre a compra dos Tivoli
Apesar dos atrasos, os tailandeses da Minor ficaram com os 14 hotéis Tivoli em Portugal e no Brasil ao grupo Espírito Santo (GES), arrastado pelo colapso do antigo Banco Espírito Santo. Mas a Espírito Santo Hotéis, holding do GES, só passou oficialmente para mãos tailandesas a 2 de fevereiro de 2016, colocando um ponto final a quase dois anos de negociações. O maior negócio do setor em Portugal foi fechado por 294 milhões de euros.

A conclusão da venda ditou um momento de viragem para a marca e o seu novo acionista. “Sempre quisemos entrar na Europa. (…) Pensámos que podíamos usar estas infraestruturas [Tivoli] para expandir a marca para outros destinos e também trazer as nossas marcas para a Europa”, disse na altura ao Dinheiro Vivo Dillip Rajakarier, presidente da Comissão Executiva da empresa.

A Minor detém atualmente mais de 100 hotéis e resorts em todo o mundo, geridos por marcas como a Tivoli, a Anantara, a Avani, a Mariott ou a Four Seasons. Com a compra da espanhola NH, empresa cotada em bolsa, assumir-se-á como a 19ª maior companhia hoteleira do mundo, com praticamente 80 mil quartos.

Em Portugal, a marca Tivoli tem até à data 11 hotéis, aos quais soma dois no Brasil e três no Qatar.

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