observador.ptobservador.pt - 18 nov. 11:22

Audi A6. Vai vender mais o carro ou a carrinha?

Audi A6. Vai vender mais o carro ou a carrinha?

Ainda antes de completar o primeiro mês de vendas em Portugal, a pergunta que se impõe é qual a versão do A6 que atrai mais clientes. Tudo porque, pela primeira vez, a berlina pode bater a Avant.

A 8ª geração do Audi A6 já começou a ser entregue aos clientes nacionais e ninguém duvida que estamos perante a melhor proposta de sempre deste fabricante para este exigente segmento do mercado, um dos mais exclusivos. Mas entre as muitas novidades, há uma que, se não é a mais importante, é no mínimo a mais curiosa, e que passa por, conscientemente, os alemães terem concebido uma berlina – denominada Limousine em Portugal – capaz de ser tão competitiva no universo dos modelos de três volumes e quatro portas, como a Avant tradicionalmente o é entre as carrinhas.

Reconhecendo as críticas, que acusavam o A6 de ser demasiado conservador e formal, a Audi apostou num design mais arrojado e moderno. A grelha maior e mais angulosa ajuda a conferir um ar mais dinâmico ao modelo, da mesma forma que os alargamentos nos guarda-lamas, que recordam os do Audi Quattro, reforçam a imagem mais desportiva deste veículo familiar. E se a Avant continua atraente, é a berlina que mais surpreende, com os seus pilares de tejadilho muito inclinados e uma traseira feliz, para o que contribui a nova assinatura luminosa e uma barra cromada a atravessá-la a toda a largura.

Além do painel de instrumentos digital, o A6 oferece dois ecrãs onde está concentrada a maioria dos comandos dos sistemas a bordo

A Audi aposta igualmente na componente digital, para aumentar a conectividade e o conforto a bordo, além de ajudas ao condutor que facilitem o seu trabalho e incrementem a segurança. O painel de instrumentos é digital nas versões mais equipadas, o que é mais atraente sob o ponto de vista gráfico, mas é igualmente mais funcional, pois permite transformá-lo, por exemplo, num gigantesco mapa de navegação, libertando os outros dois ecrãs digitais para outras funções.

Proposto em três níveis de equipamento, o novo A6 inclui já na versão Base uma lista completa de atributos, derivando depois para as versões Sport ou Design, incluindo soluções mais relacionadas com o carácter desportivo no primeiro dos casos e com o luxo, no segundo. Há 39 sistema de ajudas à condução, entre as integradas no equipamento de série, a maioria, e as propostas como opcionais.

O conforto é outros dos temas que o A6 e o A6 Avant não descuraram e começaram por concentrar-se no espaço, uma vez que a 8ª geração é maior do que a anterior (7 mm no quatro portas e 12 mm na Avant), para depois ser maior na distância entre eixos (12 mm) e na largura (24 mm). Em termos de bagageira, a Limousine reivindica 530 litros, enquanto a carrinha vai até aos 565 litros, com abertura eléctrica de série.

O carácter desportivo e a agilidade mereceram particular atenção nas duas versões do A6, com a Audi a começar por conceber um chassi 30% mais rígido em torsão lateral e 10% em longitudinal. Contudo, o trunfo mais importante neste contexto está relacionado com o eixo traseiro direccional, o que faz maravilhas na agilidade em cidade, permitindo inversões de marcha em espaços mínimos, para depois surpreender e apaixonar em estradas sinuosas. Ao virar as rodas traseiras no mesmo sentido das da frente, a alta velocidade, o A6 consegue evitar um obstáculo em auto-estrada, ou realizar uma ultrapassagem repentina, sem desequilibrar o veículo. Mas a velocidades mais baixas, as rodas traseiras viram na direcção contrária às da frente, tornando o carro mais ágil em curvas muito fechadas, como por exemplo os ganchos, tornando-o mais eficaz ao evitar as saídas da frente.

A carrinha A6 Avant tem conseguido uma vantagem nas vendas, face ao sedan de quatro portas, superior à dos seus concorrentes

Para já, o A6 está apenas disponível com motores turbodiesel, respectivamente o 40 TDI, com 204 cv, e o 50 TDI, com 286 cv. E são ambos mild hybrid, o primeiro, por ter uma unidade 2.0 de quatro cilindros, recorre a um sistema a 12V, enquanto o 3.0 V6 do segundo lhe permite aceder à solução de 48V. Além de accionar o sistema start&stop mais rapidamente e de forma mais confortável, esta solução mild hybrid, que não serve para locomover o veículo, assegura isso sim que o coasting funcione de forma mais eficaz, desligando o motor nas descidas ou em longas desacelerações em plano, sem que o sistema de travagem, assistência da direcção ou o ar condicionado deixem de funcionar.

No futuro surgirão motores a gasolina, mas não antes do S6 BiTDI aparecer em Março, com os seus 354 cv. Proposto por 62.990€ na versão Avant 40 TDI e por menos 2.600€ na Limousine com o mesmo motor, resta saber se esta diferença é suficiente para permitir à Audi comercializar praticamente as mesmas unidades de ambas as versões do A6, isto num segmento em que 85% são adquiridos por empresas.

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