observador.ptobservador.pt - 16 nov. 18:19

Sporting SAD admite falta de apoio da banca no empréstimo obrigacionista

Sporting SAD admite falta de apoio da banca no empréstimo obrigacionista

Francisco Salgado Zenha, administrador da SAD do Sporting, admite que existe uma "falta de apoio" dos bancos na comercialização do empréstimo obrigacionista, sobretudo os três maiores.

A Sporting SAD admitiu esta sexta-feira a “falta de apoio” dos bancos na comercialização do empréstimo obrigacionista e reconheceu que o clube está a ser obrigado a reforçar a comunicação da operação, que decorre até 22 de novembro.

“O Sporting não está a ter o apoio a nível de comunicação, nem de comercialização dos bancos colocadores, nomeadamente, dos três maiores bancos [Millennium BCP, Caixa Geral de Depósitos e Novo Banco], que, tipicamente, comunicam e participam a operação e desta vez estão completamente passivos”, disse Francisco Salgado Zenha à agência Lusa.

O administrador da SAD e vice-presidente do Sporting para a área financeira admitiu que essa falta de apoio se possa dever “a decisões políticas de, se calhar, não se querer relacionar com o futebol do Sporting”.

“Não sei qual o motivo, sei que, objetivamente, vejo outros empréstimos obrigacionistas que estão a decorrer ao mesmo tempo e que estão a ser publicitados e as pessoas não tem conhecimento deste”, observou.

A posição de banca em relação à operação de 30 milhões de euros, lançada na segunda-feira e que servirá para fazer face ao reembolso de um empréstimo obrigacionista que venceu em maio e cujo reembolso foi adiado para 26 de novembro, está a obrigar o clube a investir no reforço da comunicação.

“Todos os esforços de comunicação estão a ser praticamente desenvolvidos pelo Sporting, o que limita a operação”, lamentou Francisco Salgado Zenha, sem admitir que o desinteresse possa estar ligado ao ataque à academia do clube, em Alcochete, que levou à detenção do ex-presidente Bruno de Carvalho, posteriormente libertado com a obrigatoriedade de apresentações diárias à polícia.

O administrador da SAD considerou que “as pessoas sabem, ou deveriam saber, que o Sporting não tem qualquer ónus do que se passar ali [no processo do ataque à academia]. As pessoas devem perceber que o importante é olhar para o futuro e não para o passado”.

O Sporting pode, até ao final do dia de hoje e mediante a procura, decidir aumentar o valor do empréstimo, até um montante, que, segundo Francisco Salgado Zenha, não deverá ser superior a 40 milhões de euros.

“Se houver uma procura muito forte, aumentamos, mas nunca vamos aumentar muito, porque não é o nosso objetivo, entre os 30 e os 40 no máximo. Queremos trazer estabilidade financeira ao clube e fazer regressar a credibilidade para ter uma postura mais intensa no mercado”, explicou.

Segundo o administrador da SAD, caso se verifique um reforço do empréstimo “será possível fazer algum investimento na estrutura do futebol e na marca Sporting, uma área na qual o clube está muito atrasado”.

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