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Assembleia Municipal de Lisboa propõe rede de cuidadores na cidade

Assembleia Municipal de Lisboa propõe rede de cuidadores na cidade

A Assembleia Municipal de Lisboa (AML) aprovou esta terça-feira uma proposta do CDS-PP que pretende a criação de uma rede de cuidadores formais e informais na cidade.

O documento, dividido em cinco pontos, mereceu nos dois primeiros os votos contra do PCP e PEV, a abstenção do PS e BE, e os votos favoráveis do PSD, CDS-PP, PAN, MPT, PPM e de sete deputados independentes.

Já os últimos três pontos da proposta contaram com os votos contra do PCP e PEV e os votos a favor dos restantes partidos.

Os centristas querem que o município lisboeta, liderado pelo socialista Fernando Medina, "promova a criação de uma rede de cuidadores do concelho, a primeira no país, com o objetivo de combater o isolamento e apoiar as pessoas idosas, pessoas com deficiência ou dependentes de terceiros por outras razões", dá conta a proposta.

Os eleitos do CDS-PP pretendem também "que esta rede de cuidadores formais e informais inclua e enquadre os cuidadores que, de modo informal e isolado, já prestam este serviço a muitos familiares, amigos e vizinhos e que seja um estímulo a que muitas outras pessoas assumam este papel".

A rede de cuidadores deverá trabalhar "a capacitação e literacia dos seus membros para que a sua ação seja mais gratificante, legítima e eficaz", pode ler-se na proposta, que solicita também "que a CML [Câmara Municipal de Lisboa] reforce o seu papel dinamizador na articulação entre todos os organismos, públicos e privados, que já atuam no apoio a estas pessoas, criando uma verdadeira rede com o objetivo de identificar as necessidades, a oferta já existente e a forma de a reforçar e alargar estas respostas".

O grupo municipal do CDS-PP pede ainda que a autarquia "estimule os serviços municipais, juntas de freguesia e instituições sociais a realizarem em conjunto um levantamento detalhado da situação das pessoas com dependência, seja pela idade, seja por deficiência, do município de Lisboa".

Intervindo na sessão, o deputado do PS Manuel Lage defendeu que os cuidadores informais devem ter formação: "Nós não podemos ter uma rede de cuidadores informais que, de repente, não tem qualquer tipo de formação e vai tratar dos nossos entes queridos", reforçou.

No mesmo sentido, Isabel Pires, do BE, notou que parte do que é proposto pelo CDS-PP "já é hoje em dia feito" e destacou que "o cuidador informal precisa de uma rede de apoio, mas de cuidadores formais".

A eleita do PCP Graciela Simões advogou que "deve ser dada uma resposta pública" aos cuidadores informais.

Por seu turno, várias forças políticas destacaram a importância da valorização destes cuidadores informais, manifestando concordância com a proposta dos centristas.

Na sessão plenária de hoje, foi também aprovada uma proposta do CDS-PP, que visa a disponibilização de manuais escolares gratuitos para o ensino profissional público, com os votos contra do PCP, PEV e um deputado independente, a abstenção do BE e os votos favoráveis das restantes forças políticas.

Neste sentido, o PSD apresentou uma proposta de alteração à apresentada pelos centristas, com o objetivo de alargar a "gratuitidade dos manuais escolares a todos os alunos residentes no município e que frequentem o ensino obrigatório na rede particular, cooperativa ou com contrato de associação e ensino profissional, bem como instituições de educação e formação, reconhecidas pelas entidades competentes".

O documento foi rejeitado com os votos contra do BE, PEV, PCP, sete deputados independentes e PS e a abstenção do PAN.

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