observador.ptobservador.pt - 13 nov. 20:02

Ministro das Relações Exteriores do Brasil será homem ou mulher? “Pode ser gay também”, responde Bolsonaro

Ministro das Relações Exteriores do Brasil será homem ou mulher? “Pode ser gay também”, responde Bolsonaro

Questionado sobre quem será o próximo ministro das Relações Internacionais do Brasil, Jair Bolsonaro respondeu que "pode ser gay também" e perguntou ao jornalista se ele era voluntário ao cargo.

O novo ministro das Relações Exteriores do Brasil poderá ser anunciado ainda esta quarta-feira. Até lá, as questões sobre a identidade da pessoa que vai estar à frente desta pasta continuam a surgir. Será homem ou mulher? “Tanto faz. Pode ser gay também. Você é voluntário?”, respondeu, esta terça-feira, Jair Bolsonaro, aos jornalistas que os esperavam na chegada ao Tribunal Superior do Trabalho (TST).

O presidente eleito do Brasil demonstrou ainda a vontade de que o novo ministro seja alguém do quadro do Ministério. “É possível [o anúncio] acontecer até amanhã. Está bastante madura essa questão, queremos alguém do quadro do Itamaraty”, afirmou, citado pelo G1. Durante a campanha eleitoral, recorde-se, e apesar da postura muitas vezes homofóbica, racista e misógina que assumiu ao longo dos anos, Bolsonaro disse que era indiferente se quem está à frente dos ministérios “é gay, se não é, se é negro, se não é, se é homem, se é mulher”. A população, acrescentou, “quer que o ministro dê conta do recado”.

Pretendo ter 15 ministros. Um vai ser homem, o da Defesa, um oficial-general. O resto pode ser tudo mulher, tudo gay, tudo afrodescendente. […] Não quero saber, o povo não quer saber se quem está em tal ministério se é gay, se não é, se é negro, se não é, se é homem, se é mulher. Ele [povo] quer que o ministro dê conta do recado”, disse também numa entrevista à CBN, na altura da campanha eleitoral.

Ainda esta terça-feira, Jair Bolsonaro escolheu o general Fernando Azevedo e Silva, ex-chefe do Estado Maior do Exército brasileiro, para novo ministro da Defesa. O presidente eleito do Brasil anunciou a decisão através do Twitter. Numa primeira fase, o nome com mais força para assumir o Ministério da Defesa era o de outro militar, o general Augusto Heleno, que acabou por ser indicado para o Gabinete de Segurança Institucional. A escolha de Bolsonaro mantém um general de quatro estrelas no cargo, já que o atual ministro é o também general Joaquim Silva e Luna.

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