pplware.sapo.ptpplware.sapo.pt - 13 nov. 19:00

Análise Battlefield V (Xbox One)

Análise Battlefield V (Xbox One)

O Pplware já se lançou na 2ª Grande Guerra Mundial de Battlefield V

Dois anos após o lançamento de Battlefield 1 (que o Pplware experimentou aqui), eis que a Electronic Arts (e a DICE) decidiu aventurar-se novamente pelos grandes conflitos armados do século passado.

Após a 1ª Grande Guerra Mundial que serviu de cenário em Battlefield 1, eis que a escolha recaiu naturalmente sobre o grande conflito armado que se seguiu cronologicamente: 2ª Grande Guerra Mundial.

E é assim que surge agora Battlefield V, e o Pplware teve oportunidade de dar uns tiros.

Battlefield é um claro caso de série de sucesso que, apesar de alguns percalços como o que aconteceu com o desligado Battlefield: Hardline, desde sempre se mostrou como um marco naquilo que se refere a jogos de guerra.

Battlefield V, que surge 2 anos após o lançamento de Battlefield 1 (para muitos foi pouco tempo), leva-nos até ao segundo maior conflito armado do século passado, naquele que é também um regresso ao passado da série.

Apesar do jogo ser maioritariamente orientado para o multiplayer, Battlefield V tem à semelhança de Battlefield 1 uma vertente singleplayer, denominada de Histórias de Guerra. De uma forma simples, as Histórias de Guerra colocam o jogador na pele de alguns soldados anónimos em combate.

A ideia vem de Battlefield 1, mas em Battlefield V poderia (ou deveria) ter sido melhor explorada. Muito por culpa da primeira história “Por Conta Própria”, que acompanha um jovem rufia inglês chamado de Billy Bridger recrutado para ingressar no Britain’s Special Boat Service. Esta campanha decorre em 1942 no Norte de Africa e apresenta algumas missões de sabotagem das posições alemãs. Até aqui tudo bem… mas o problema coloca-se quando nos apercebemos que Bridger vai ter de fazer quase tudo sozinho, ao estilo Rambo. Não faz sentido.

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Contudo a DICE incluiu outras duas campanhas nas Histórias de Guerra que se apresentam um pouco melhores. A segunda chamada de Norlys, decorre em 1943 na fria Noruega ocupada pelos nazis e na qual somos uma jovem rapariga da resistência. O fato de podermos andar de skis e combater ao mesmo tempo é uma dinâmica interessante que apesar de demorar a controlar, está bem implementada. Curiosa a necessidade de o jogador se manter quente, sob o risco de morrer congelado.

Por fim, surge a melhor campanha das Histórias de Guerra: Trailleur. Esta história decorre em Provença (França) no ano de 1943 e mostra-nos os frenéticos combates entre as tropas aliadas e alemãs durante a Operação Dragoon. Será a missão que se aproxima mais da génese das Histórias de Guerra originais.

Em breve chegará a primeira de várias campanhas disponibilizadas via Download, com o nome O Último Tiger.

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Quanto ao Multiplayer, este é claramente, o prato forte de Battlefield V. É aqui que os jogadores se irão deliciar em frenéticos combates onde até 64 jogadores se podem confrontar em direto.

Apesar de alguma desilusão pelo numero reduzido de mapas disponíveis por altura do lançamento, Battlefield V goza de uma variedade interessante. Alguns mapas serão mais entusiasmantes que outros, mas na generalidade são grandes o suficiente para oferecerem aos jogadores variados cenários de guerra e diferentes abordagens estratégicas. Na retina ficam mapas como Twisted Metal, Hamada ou Narvik.

Sucintamente, Twisted Steel é um mapa que se passa numa zona rural francesa e que apresenta uma enorme ponte no meio do mapa. É claro que a ponte é sempre o palco de intensos combates pela sua posse mas, o mapa oferece muito mais que isso (nos prados envolventes).

Por outro lado, Hamada decorre numa zona de deserto no Norte de África. É um mapa bastante interessante para quem gosta de Snipers pois é amplo e com boas linhas de visão apresentando algumas ruínas espalhadas que podem dar alguma cobertura.

Por fim, outro bastante empolgante é o de Narvik. Trata-se de um mapa no gélido Norte da Europa numa zona montanhosa coberta de neve e com uma localidade bem no meio. Novamente, pode ser interessante para quem gosta de snipers mas a existência de bastantes edifícios também favorece as caçadeiras e metralhadoras. Neste cenário existe sempre o risco de nos encontrarmos com blindados mas dada a quantidade de esconderijos possíveis nem sempre é uma clara vantagem. Estranhamente, fica-se com a ideia de que o movimento dos blindados na neve grossa não é o mais perfeito.

Nota-se a ausência dos combates no Pacifico!

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Uma curiosidade interessante, surge noutro dos mapas: Arras. Com fortes influências do filme O Resgate do Soldado Ryan existe uma localidade com um sino de igreja onde se encontra um ninho de sniper…. e mais não digo!

Esta variedade de cenários serve acima de tudo para mostrar o quanto multifacetado Battlefield V se encontra. No entanto, é também aqui que reside algo que particularmente acho estar em falta: combates no Pacifico. Ora a 2ª Grande Guerra Mundial teve, como todos sabemos, alguns dos mais ferozes combates no Pacifico e como tal gostaria de ter visto pelo menos um cenário desse Palco de combates.

Os modos multiplayer incluídos descendem de Battlefield 1 e são nossos conhecidos: Conquist, Team Deathmatch, Domination. Mas o Modo Operations do primeiro jogo recebeu particular atenção e foi expandido. Estas operações decorrem agora num total de 3 dias no qual vários mapas são usados para cada um…trata-se de um modo que, quando bem jogado e com sorte nos companheiros, se torna épico. Se ao final de 3 rondas persistir um empate, joga-se no final uma espécie de Battle Royale para ver quem ganha.

As Operações Grandiosas (a tradução retira quase todo o brilho) são épicas

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No que respeita à jogabilidade nota-se que o ritmo de jogo está um pouco mais rápido. Não creio que seja obrigatoriamente mau mas pode começar a levá-lo numa direção completamente errada.

O fato de se poder correr agachado é uma novidade também bem-vinda. Por um lado, trata-se de um movimento natural de quem procura proteção e que aumenta o leque de opções táticas dos jogadores. Talvez ainda mais que em Battlefield 1, é essencial saber usar com mestria, toda a cobertura que se conseguir encontrar nos cenários que nos dê alguma proteção (atenção que os cenários são destrutíveis).

Foi ainda incluído em Battlefield V um sistema de fortificações bastante útil. Permite aos jogadores construir defesas como trincheiras, sacos de areia ou barreiras de arames farpados em determinadas localizações dos mapas. É uma novidade bem vinda e que acrescenta mais uma pitada de dinamismo ao jogo.

O novo sistema de fortificações permite criar defesas on the run, extremamente úteis no calor do combate

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Bastantes outros pormenores foram incluídos em Battlefield V e que revelam uma atenção especial da DICE ao pormenor. Por exemplo, o simples ato de sair ou entrar dos veículos deixa de ser o tele-transporte que se via em Battlefield 1 e agora demora algum tempo. Isto obriga, claro está, a uma ponderação na altura de abandonar um veiculo, sob o risco de sermos atacados nesse momento.

Outro pormenor passa por ser possivel a qualquer soldado poder prestar auxilio a um companheiro caído em combate. Tem diferenças em relação a um médico (demora menos tempo) mas é uma forma de retirar essa dependência de uma classe que por vezes tem falta de pessoal com perfil adequado.

Algo que desgostei particularmente foi a de não sentir uma grande melhoria no controlo dos aviões. Pilotá-los continua a ser a mesma experiência de Battlefield 1 ou de SW: Battlefront 2 por exemplo e falta algo mais (algum peso, inércia). No entanto, a condução dos blindados e restantes veículos motorizados parece mais adequado (apesar de alguns momentos com física inadequada também).

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Graficamente o jogo está muito bom e o motor Frostbite continua a dar cartas. As explosões, os efeitos de fumo, os prados, as ruas das cidades, o interior das casas … tudo com um elevado grau de detalhe. No entanto, apesar de todo esse trabalho continuam a haver alguns bugs gráficos pontuais.

Houve um pormenor que me irritou um pouco. Quando somos atingidos, há um pequeno intervalo de tempo no qual ainda podemos ser salvos. O problema surge quando estamos à espera de ajuda, o soldado passa esses segundos numa agonia extremamente agonizantes (para o jogador) a gritar por “Socorro!“, “Me ajudem!“, “Estou morrendo!“. Quase que dá vontade de desistir de pedir ajuda.

Por fim, uma palavra ao sistema de personalização de Battlefield V. Quase tudo no jogo evolui havendo sistemas de progressão para cada personagem (roupas, expressões), cada classe (pode desbloquear perks específicos), armas (cores, texturas, miras,…), acessórios de personalização, … Trata-se de um sistema massivo que, por um lado permite ao jogador criar os seus soldados perfeitos mas por outro exige muitas horas passadas a jogar.

A liberdade de personalização é assombrosa. E ainda mais opções estão previstas no futuro

anterior próxima Veredicto

A 2ª Grande Guerra Mundial veio-se a revelar como uma escolha acertada para o palco de Battleifled V, pecando apenas pelo reduzido número de mapas disponibilizados por altura do lançamento.

Com um Multiplayer empolgante, frenético e altamente viciante no qual se destacam as Grand Operations (Operações Grandiosas), o jogo apresenta ainda o regresso das Histórias de Guerra que lamentamos não apresentarem todas a mesma qualidade e imersão.

Battlefield V é o derradeiro salto na evolução da guerra no Universo Battlefield!

Battlefield V

Battlefield V 8.72 Dúvidas na classificação? Longevidade

9/10

Gráficos

9/10

Som

9/10

Jogabilidade

9/10

Histórias de Guerra

8/10

Prós
  • Multiplayer viciante
  • 64 soldados em combate
  • A guerra pelo ar e por terra
  • Este deve ser o som da guerra
  • Melhorias de jogabilidade
Contras
  • Histórias de Guerra desequilibradas
  • Alguns bugs gráficos
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