visao.sapo.ptvisao.sapo.pt - 19 out. 07:02

No restaurante SÁLA, em Lisboa, estamos em casa de João Sá

No restaurante SÁLA, em Lisboa, estamos em casa de João Sá

Ao ritmo das estações, assente nos produtos de qualidade do mar e da terra, é a premissa do SÁLA, o novo restaurante do chefe João Sá, no Campo das Cebolas, em Lisboa
No seu restaurante, o chefe João Sá diz que quer fazer “comida boa. No fundo, o que gosto de comer em casa”.

No seu restaurante, o chefe João Sá diz que quer fazer “comida boa. No fundo, o que gosto de comer em casa”.

Quando chegou ao número 103 da Rua dos Bacalhoeiros, em Lisboa, o chefe João Sá, 32 anos, percebeu imediatamente que era ali que queria abrir o seu novo restaurante, inspirado no espírito farm to table e na cozinha portuguesa. “Faço anos a 1 do 3”, revela. No renovado Campo das Cebolas, “passam agora muitos turistas, e não falta um parque de estacionamento”, continua. Confessa, ainda, que “também é bom ter o Zé [Avillez] aqui ao lado”, referindo-se à Cantina Zé Avillez, ali mesmo ao virar da esquina. Mais do que definir o seu tipo de cozinha, João Sá diz que quer fazer “comida boa. No fundo, o que gosto de comer em casa”. Uma premissa que, no novo SÁLA, com 32 lugares sentados e quatro ao balcão, se traduz em pratos de vegetais – produzidos no Quintal Urbano, na região Oeste, em modo biológico –, com sugestões que ocupam cerca de metade da ementa. A outra metade é dedicada, essencialmente, ao peixe e ao marisco.

Inspirado pela qualidade dos produtos e pela sua sazonalidade, o chefe, que herdou do padrinho e da ama a paixão pela cozinha, serve, por estes dias, ostras, tomate e folha de shiso (€11), e beringela e queijo de Azeitão (€9). “A ideia é que o cliente escolha dois ou três pratos”, explica sobre a ausência, na ementa, das categorias entradas e pratos principais. A couve-coração, o pimentão e o sarraceno representam bem o que João Sá pretende fazer na cozinha aberta para a sala. Na elaboração deste prato, um dos mais bonitos da ementa sazonal, diga-se, usa três tipos de couve: coração, grelhada com massa pimentão, chinesa, na sua versão kimchi (uma espécie de conserva picante) e couve-lombarda, cozida com ervas aromáticas e azeite. Antes de pedir o bacalhau grelhado, batata, alho (€9), que utiliza o cachaço, junto à cabeça, vale a pena provar o pão, feito com farinhas do senhor Valentim, amassado e cozido no SÁLA.

Aproveitando os últimos dias da melancia, experimente-se a combinação do fruto com o novilho e molho de pimento (€10), de sabor inesperado. Ainda na carne, o porco preto e amêijoa (€8) é um prato “intemporal, sem estação”, baseado na receita tradicional, mas que aqui chega à mesa dentro de um pãozinho bao, mostrando que a cozinha asiática liga bem com a portuguesa. Quando esta revista chegar às bancas, é bem provável que já não haja figos para juntar à alfarroba e ao requeijão (€4), mas não faltará certamente a pera, o Porto e o iogurte, entre outras sobremesas.

João Sá está cada vez mais interessado em trabalhar com legumes e criar, a partir deles, pratos consistentes e criativos

João Sá está cada vez mais interessado em trabalhar com legumes e criar, a partir deles, pratos consistentes e criativos

SÁLA > R. dos Bacalhoeiros, 103, Lisboa > T. 21 887 3045 > seg-dom 12h-15h, 19h-24h

NewsItem [
pubDate=2018-10-19 08:02:09.0
, url=http://visao.sapo.pt/actualidade/visaose7e/comer-e-beber/2018-10-19-No-restaurante-SALA-em-Lisboa-estamos-em-casa-de-Joao-Sa
, host=visao.sapo.pt
, wordCount=473
, contentCount=1
, socialActionCount=2
, slug=2018_10_19_1476260428_no-restaurante-sala-em-lisboa-estamos-em-casa-de-joao-sa
, topics=[comer e beber, campo das cebolas, sála, estilo de vida e lazer, gastronomia, joão sá, quotidiano / alimentação / refeição, sá-la]
, sections=[actualidade]
, score=0.000000]