publico.pt - 15 out. 06:44
Área ardida até aos primeiros dias de Outubro é sete vezes inferior a 2017
Área ardida até aos primeiros dias de Outubro é sete vezes inferior a 2017
Dos dez dias com mais área ardida entre 2017 e 2018, só um foi este ano: 3 de Agosto.
Menos 225.110 hectares. É o total de área ardida que separa 2018 (até 9 de Outubro) e o período homólogo de 2017. No ano passado arderam 262.007 hectares. Este ano foram sete vezes menos: 36.897. Mesmo assim, Portugal foi o segundo país europeu com mais área ardida — só ultrapassado pela Turquia. Os dados são do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS, na sigla em inglês).
Cerca de 75% da área ardida este ano (27.635 hectares) fica na região do Algarve. Alto Trás-os-Montes (1376), Minho-Lima (1139) e Baixo Alentejo (1068) surgem a seguir na lista das mais fustigadas pelos incêndios. Os números contrastam com os do ano passado, quando as regiões mais afectadas, Pinhal Interior Norte e Pinhal Interior Sul, registaram, cada uma, mais do dobro da área que ardeu no Algarve este ano.
AumentarO número de incêndios com mais de 30 hectares também foi, segundo os dados do EFFIS, significativamente inferior ao ano passado. Foram 77 em 2018 e 302 em 2017. Os piores dias de 2018 foram o fim-de-semana de 14 e 15 de Outubro, quando arderam cerca de 270 mil hectares. Entre os dez dias com mais área ardida só um foi em 2018: 3 de Agosto (27.665 hectares).
PUBO Sistema Europeu de Informação de Fogos Florestais só considera as áreas ardidas com mais de 30 hectares, que representam cerca de 80% do total. Os dados são depois confirmados pelas autoridades nacionais.
AumentarO último relatório provisório publicado pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) — só até 15 de Setembro — também dava conta da diferença significativa entre estes dois períodos. E mais: mostrava que 2018 foi o segundo ano dos últimos dez com um menor número de incêndios rurais.
Segundo o mesmo documento, as queimadas (57%) e o incendiarismo (18%) foram as principais causas dos incêndios em 2018. No caso das queimadas, os valores são os mais elevados em dez anos e, no que diz respeito ao incendiarismo, é a proporção mais baixa.