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Taxistas: “Não sabemos o tempo que aqui vamos ficar. Se nos disserem para pernoitar, pernoitamos”

Taxistas: “Não sabemos o tempo que aqui vamos ficar. Se nos disserem para pernoitar, pernoitamos”

Vários taxistas que se encontram hoje concentrados nos Restauradores, em Lisboa, em protesto contra a 'lei Uber', estão a preparar-se para permanecer durante vários dias, garantindo que só saem quando os seus direitos forem salvaguardados.

Em declarações à Agência Lusa, António Valente - um dos vários taxistas que está em manifestação contra a lei que regula as plataformas eletrónicas de transporte, adiantou que todos estão preparados para pernoitar, caso seja necessário: “Não sabemos o tempo que aqui vamos ficar. A nossa associação é que sabe, nós não. Estamos dispostos a ficar, se nos disserem para pernoitar, pernoitamos".

Também Jorge Miguel, outro taxista em protesto, revelou à Lusa que tem preparado, no seu carro que se encontra estacionado a ocupar a faixa ‘Bus’ da Avenida da Liberdade, um saco-cama pronto “para o que for preciso”.

João Figueiredo, um outro taxista que está nos Restauradores a manifestar-se contra a ‘leu Uber’, confessou que está preparado para ficar em protesto até ao final desta semana. "Espero que tragam boas notícias e que consigamos exercer os nossos direitos e convicções. Só saímos quando as nossas coisas estiverem resolvidas, quando nos garantirem os nossos direitos e reivindicações. (...) Estou preparado para ficar até sexta-feira se for preciso", declarou o taxista à Lusa.

Recorde-se que desde as 05h00 desta quarta-feira, centenas de taxistas se começaram a concentrar em vários pontos do país. Em causa está a chamada ‘lei Uber’ que foi aprovada no Parlamento a 12 de julho - com os votos a favor do PS, do PSD e do PAN, o BE, o PCP e os Verdes votaram contra, sendo o CDS-PP a única bancada a abster-se – e que entrará em vigor a 1 de novembro.

Os taxistas estão contra esta lei que tem como objetivo regular as quatro plataformas de transporte existentes em Portugal, Uber, Cabify, Taxify e Chaffeur Privé.

A lei estabelece um regime jurídico para a chamada atividade de transporte individual e remunerado de passageiros em veículos descaracterizados a partir de plataforma eletrónica.

Segundo a nova lei, o início da atividade destes operadores está sujeito a licenciamento do Instituto da Mobilidade e dos Transportes, a licença será válida por 10 anos e exige a constituição de uma empresa, pois só pessoas coletivas podem exercer a atividade.

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