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Farfetch pode entrar em bolsa a valer 19 dólares por acção

Farfetch pode entrar em bolsa a valer 19 dólares por acção

A empresa fundada e liderada por José Neves quer vender 37,5 milhões de acções, entre 17 e 19 dólares, na oferta pública inicial (IPO) em Nova Iorque que ocorre esta semana.

A luso-britânica Farfetch, retalhista online de bens de luxo, queria entrar na bolsa de Nova Iorque com um preço entre 15 e 17 dólares. Com a venda esperada de 37,5 milhões de acções, o objectivo era levantar 637,5 milhões de dólares na oferta pública inicial (IPO), de acordo com o registo apresentado ao regulador no dia 5 de Setembro.

Mas agora, dado o interesse crescente dos investidores nas cotadas do sector tecnológico, a Farfetch vai entrar em bolsa a valer entre 17 e 19 dólares, avançou o Financial Times (FT). O que pode levá-la a angariar, ao preço máximo, 712,5 milhões de dólares (609,8 milhões de dólares).

Ao preço máximo, a tecnológica fundada e liderada pelo português José Neves (na foto), fica avaliada em 5,5 mil milhões de dólares (4,7 mil milhões de euros).

Foi no passado dia 20 de Agosto que a empresa de artigos de luxo entregou os documentos com o objectivo de cotar na bolsa de Nova Iorque, não tendo sido revelados, na altura, mais pormenores sobre a operação.

A estreia é esta semana e uma vez que a operação ocorre nos EUA é praticamente impossível aos investidores nacionais participarem na operação.

"Os investidores nacionais podem aceder ao IPO desde que tenham conta num intermediário financeiro que lhe permita essa participação, sujeitando-se ao rateio que vier a existir. No entanto, o cenário mais habitual é que os investidores nacionais só venham a negociar após a entrada em bolsa", explicou em Agosto ao Negócios o analista Pedro Oliveira, da sala de mercados do Banco Carregosa.

Ainda longe dos lucros

Ainda que a bolsa estivesse no horizonte da empresa que vende bens de luxo, a decisão de dispersar capital no mercado accionista surgiu meses depois de a Farfetch ter fechado uma parceria com o grupo Chalhoub, que opera também no segmento de luxo no Médio Oriente.

De acordo com o documento apresentado no passado dia 20 de Agosto, a Farfetch tinha 935.772 clientes activos a 31 de Dezembro, um aumento de quase 44%  face ao ano anterior.

No primeiro semestre deste ano, a Farfetch registou perdas de 68,4 milhões de dólares, um agravamento de 133% face ao período entre Janeiro e Junho de 2017.

Assim, a companhia avança para o mercado antes de conseguir obter lucros. Mas os prejuízos não são um entrave para estas empresas, que conseguem atrair rondas de investimento privado, antes da estreia em bolsa.

O Goldman Sachs, JPMorgan, Allen & Co e o UBS são os responsáveis pela operação de entrada em bolsa.

(notícia actualizada às 22:06)

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