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Fintech: colaboradoras e disruptoras

Fintech: colaboradoras e disruptoras

A tendência é para a colaboração entre fintech e empresas de serviços financeiros, no entanto as mudanças podem ser mais rápidas e profundas.

As fintechs abrangem um conjunto bastante alargado de empresas, com estratégias de mercado diferentes. "Mais de 75% das empresas da FinTech têm como objectivo principal de negócio colaborar com os serviços financeiros tradicionais", referiu Anirban Bose, consultor da Capgemini na apresentação do World FinTech Report 2018.

Na estratégia colaborativa, as fintech podem ajudar na digitalização dos serviços financeiros e os incumbentes permitem o acesso a carteira alargada de clientes e ajuda na questão das questões regulatórios "onde o conhecimento e experiência é um activo valioso", refere João Menano, CEO da James.

"A capacidade de colaborar com startups é hoje mais importante do que nunca, dada a constante mudança tecnológica e emergência de novos modelos de negócio, derivados da tecnologia digital", refere Maria Antónia Saldanha da SIBS. Esta empresa de sistemas de pagamentos garante ainda que "os modelos colaborativos e de partilha de know-how e de soluções com fintech devem fazer parte da inovação das empresas, razão pela, qual, aliás, o assumimos como uma aposta estratégica".

Disrupção e colaboração

É o caso da James Finance, que é "um enabler, a nossa tecnologia ajuda instituições financeiras a tomar decisões de crédito mais acertadas e mais rápido, conseguimos isto porque possibilitamos o uso das novas tecnologias de Machine Learning e Artificial inteligence garantindo que se cumprem todos os requisitos regulatórios, mas acima de tudo garantimos que as decisões são explicáveis e compreensíveis", garante João Menano, CEO da star-up.

Explica que o grande foco da James Finance "é em crédito online, onde os factores de risco são diferentes dos factores mais tradicionais". São líderes de mercado e onde têm "conhecimento único que é vital para as instituições financeiras que estão a passar por um processo de digitalização".

Existem ainda as disruptoras, como os neo-bancos e os challenger banks, que, alerta a PwC, podem ficar, em 2020, 20% do negócio da indústria dos serviços financeiros. A Raize, como um marketplace concorre com os incumbentes tanto na concessão de crédito como na captação de recursos. Mas, como refere Afonso Eça, por muito que se seja inovador e disruptivo, "há sempre situações de colaboração porque o sistema financeiro é feito de concorrência mas também de dependências". Por exemplo o BNI Europa usa a Raize para fazer empréstimos às PME.

Pedro Pinto Coelho (na foto), presidente da AFIP, refere ainda o modelo das agregadoras que "originam clientes para um determinado produto financeiro que é oferecido por todos os bancos. Um exemplo é o crédito à habitação que permite ao cliente comparar as ofertas e escolher a melhor. Neste último caso, a ameaça é a de os bancos só se diferenciarem pelo preço".

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