sol.sapo.ptsol.sapo.pt - 20 ago. 20:25

Atividade económica cresce a ritmo cada vez mais lento

Atividade económica cresce a ritmo cada vez mais lento

Continua a crescer, mas sempre com um novo travão, mês após mês

A atividade económica tem vindo a abrandar. Em junho, o ritmo de crescimento registado chegou mesmo a mínimos dos últimos 16 meses.

De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgados ontem, o indicador continua a crescer, mas, de mês para mês, registam-se travagens. No fundo, comparando com o mesmo período do ano passado, pode falar-se de uma subida de 2,3%. Em maio, os dados apontavam para 2,4%.

A análise do INE evidencia ainda que foi em junho que o indicador registou o crescimento mais brando desde fevereiro do ano passado.

A análise das contas nacionais mostram ainda que deverá ainda haver um abrandamento do crescimento do produto interno bruto (PIB), em comparação com o que foram os resultados do ano passado. No segundo trimestre, registou-se uma subida de 2,3%. Ainda que tenha ficado acima da evolução que marcou os primeiros três meses do ano, acabou por ficar abaixo das previsões do economistas.

Recorde-se que o governo estima que o PIB cresça, este ano, 2,3%. No ano passado, conseguiu-se um aumento de 2,7%.

Já no mês passado, os alarmes começavam a parecer querer disparar com os dados do Banco de Portugal. De acordo com a análise do regulador, também o saldo conjunto das balanças corrente e de capital se tem vindo a degradar. Até maio, em comparação com o mesmo período de 2017, a diferença é de 359 milhões de euros.

Em maio do ano passado, o défice externo, por exemplo, era de 952 milhões de euros. Este ano é de 1 311 milhões. Ainda assim, é preciso salvaguardar que tem sido habitual ver as contas a complicarem-se no país nesta época do ano, já que é altura do pagamento de dividendos das empresas.

Olhando para os últimos dois anos pode dizer-se que a tendência é melhorar a partir de julho. No entanto, este momento mais negativo nas contas está a ser muito mais acentuado do que nos anos anteriores.

OCDE destaca abrandamento A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico já tinha alertado para o abrandamento da economia nacional. De acordo com os dados avançados pela OCDE, em maio, esta trajetória descendente no ritmo de crescimento foi ainda mais forte.

A análise mostra que o índice compósito se situou em 99,30 pontos no mês em questão. No fundo, falamos do nível mais baixo desde setembro de 2013, uma altura em que Portugal passava por um período de recessão.

Mais: o resultado do mês de maio veio traduzir-se no nono mês consecutivo de quedas. Desde que Portugal começou a perder terreno, destaca-se a descida em termos homólogos: 1,44%.

Outro dos pontos que começou a preocupar foi a dívida pública. No entanto, depois de atingir um novo máximo histórico em maio, a dívida pública portuguesa baixou significativamente em junho. Em causa esteve uma amortização de 6,6 mil milhões de euros.

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