rr.sapo.ptrr.sapo.pt - 19 jul. 01:07

Marcelo e Costa destacam "passos concretos" na mobilidade e investimento na CPLP

Marcelo e Costa destacam "passos concretos" na mobilidade e investimento na CPLP

Guiné Equatorial terá tentado, mas vai ser Angola a assumir a próxima presidência da Comunidade dos Países de Língua Portugues.

O Presidente da República e o primeiro-ministro de Portugal congratularam-se com os resultados da XII Cimeira da CPLP, considerando que foram dados "passos concretos" para os cidadãos, nos domínios da mobilidade, do investimento e da certificação académica.

Em declarações aos jornalistas, esta quarta-feira, no final da XII Cimeira de chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Santa Maria, na ilha do Sal, Cabo Verde, o Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou que, "para os cidadãos, sai muitíssimo" desta conferência, que qualificou como "um grande sucesso".

"Para os cidadãos sai muitíssimo, porque se abre uma perspetiva de curto prazo em termos de mobilidade. Isso é muitíssimo, porque eles querem circular. Para os cidadãos que estão empenhados nos domínios dos negócios, da economia, das finanças, sai muitíssimo, porque se abrem pistas importantes nesse domínio. Para aqueles que estão no domínio da criação cultural, vai-se mais longe, como nunca se foi", afirmou o chefe de Estado.

Segundo o chefe de Estado, também no domínio dos oceanos "abrem-se pistas como não se tinha aberto em cimeiras anteriores".

"Se percorrermos domínio a domínio, nós temos a certeza de que, nos próximos dois anos, na vida das pessoas que querem circular, que querem vistos, que querem autorizações de residência, que querem desenvolver negócios, que querem desenvolver negócios em novas áreas, há hoje uma perspetiva de abertura de espaço económico, financeiro e social que não havia no passado", acrescentou.

Em seguida, António Costa reforçou esta mensagem, declarando que a CPLP está a dar prioridade aos cidadãos e que "hoje é bastante consensual entre todos a necessidade de acelerar o tema da mobilidade".

"O Presidente de Angola, por exemplo, referiu-o expressamente como uma prioridade a que é preciso dar aceleração", realçou.

O primeiro-ministro salientou igualmente os "passos concretos em matéria de investimento das empresas" e o facto de "haver uma resolução sobre a avaliação e certificação dos cursos do ensino superior, que é também um instrumento concreto para a circulação dentro do espaço da CPLP para os estudantes universitários".

"Recentrar agora a CPLP na vida das pessoas é absolutamente essencial", defendeu.

António Costa frisou uma vez mais "o facto de todos terem acordado em dar prioridade ao tema da mobilidade", bem como a decisão relativa à "certificação dos cursos de ensino superior, que é um passo essencial".

"Demonstra como, de facto, estamos todos hoje centrados em fazer com que a CPLP deixe de ser algo a nível dos Estados e passe a ser algo que tenha a ver com o dia a dia da vida dos cidadãos da CPLP. Isso é o essencial para dar força e vigor à CPLP no futuro", sustentou.

Próximo secretário executivo é português

O embaixador Francisco Ribeiro Telles, candidato português ao cargo de secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), foi eleito para um mandato de dois anos, com início em 2019.

Na sessão plenária, todos os participantes aplaudiram a eleição do embaixador, que se levantou e agradeceu a saudação. Francisco Ribeiro Telles irá suceder à são-tomense Maria do Carmo Silveira, cujo mandato termina no final deste ano.

Numa declaração durante a sessão plenária, o diplomata português afirmou ser "uma grande honra" ter sido proposto por Portugal para este cargo e de a sua candidatura "ter merecido o apoio dos Estados-membros da CPLP".

Candidatura da Guiné Equatorial “nos corredores”

Cabo Verde propôs que seja Angola a assumir a próxima presidência da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em 2020, o que foi aceite "por unanimidade e aclamação" pelos nove Estados lusófonos, segundo o Presidente cabo-verdiano.

Jorge Carlos Fonseca relatou que, com base em "contactos" realizados antes, avançou com "a proposta da candidatura angolana" à realização da próxima cimeira da CPLP, em 2020, e consequente presidência da organização no biénio seguinte.

A escolha de Luanda decorreu durante a sessão restrita, no início do segundo e último dia de trabalhos da cimeira, em que apenas participaram os chefes de Estado e de Governo, a secretária-executiva da CPLP, Maria do Carmo Silveira, e os ministros dos Negócios Estrangeiros ou das Relações Exteriores dos nove Estados-membros.

"Não houve, durante a reunião restrita, nenhuma outra candidatura proposta", afirmou, mas “nos corredores” circulou a possibilidade de a Guiné Equatorial avançar para acolher a próxima cimeira, dentro de dois anos.

À pergunta sobre o motivo de o Presidente equato-guineense se ter ido embora depois da sessão restrita, Jorge Carlos Fonseca disse que Teodoro Obiang Nguema tinha manifestado a intenção de sair de Cabo Verde ainda na terça-feira à noite, mas "fez questão de estar presente ainda hoje de manhã e ele mesmo, em nome da Guiné Equatorial, apoiou a escolha de Angola".

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