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“UP Academy surge de uma necessidade prática de mudar a realidade do mercado das TIC”

“UP Academy surge de uma necessidade prática de mudar a realidade do mercado das TIC”

A Comissão Europeia prevê que até 2020 o número de profissionais necessários na área das TI chegue aos 15 mil. Por haver uma grande dificuldade em recrutar perfis adequados, ...

“Precisávamos de uma solução prática e de mudar o mindset existente”, começa por explicar ao SAPO TEK Nicole Ferreira, Corporate Communication Manager na consultora de Recursos Humanos HRB Solutions, sustentado a razão de se criar a UP Academy.

Tendo como missão a “conversão de talento na área das Tecnologias de Informação com empregabilidade direta”, a UP Academy tem três públicos diferentes, consoante a Academia.

“A Starter dirige-se a jovens, com raciocínio lógico/matemático, interesse por novas tecnologias, frequência universitária e com conhecimentos de inglês, a PRO dirige-se a licenciados ou mestres em áreas tecnológicas e com conhecimentos de inglês e a Upgrade não tem um público específico, moldando-se conforme a necessidade. Será para quem quiser aprender uma nova tecnologia ou quiser reciclar os seus conhecimentos”, esclarece a responsável.

O processo de seleção passa por várias etapas e revela-se exigente, até porque as academias têm um limite de 15 formandos e, por cada academia, são recebidas cerca de 400 candidaturas.

Assim, os interessados enfrentam uma “avaliação curricular, um teste de capacidade de programação, testes de aptidão (numéricos, verbais, lógicos), psicológico e inglês, uma entrevista motivacional, um teste de personalidade profissional e, por fim, uma entrevista final no cliente”, enumera Nicole Ferreira.

No perfil STARTER e após todo o processo de seleção, o candidato inicia a sua formação com três meses teóricos/práticos numa nova tecnologia, seguidos de seis meses (usufruindo de uma bolsa) já no cliente com desafios tecnológicos reais e um programa específico de soft skills. Na última etapa, o formando integra um projeto de estágio de nove meses onde vai desenvolver projetos reais.

No formato PRO, o processo é diferente, iniciando-se com uma fase de três semanas com acesso a bolsa, transitando para a etapa da certificação, onde durante nove semanas, mantendo sempre uma bolsa, poderá aliar o desenvolvimento tecnológico adquirido com projetos reais. No fim realiza um exame que o torna Certificado na Tecnologia de Informação que aprendeu. Culmina com a integração direta na empresa.

Por fim, a modalidade Upgrade é totalmente feita à medida do cliente, na tecnologia que quiser e por períodos determinados conforme a necessidade e como qualquer uma das Academias tem em conta a necessidade do cliente e o tipo de projeto, os timings poder��o ser sempre ajustados.

Por apresentar um “percurso integrado que inicia com uma formação e é ajustável às necessidades do cliente” e associar as competências técnicas com a formação em termos comportamentais e comunicacionais, o feedback dos formandos e dos clientes tem sido positivo.

“Os candidatos têm adorado a experiência e destacam principalmente a componente prática do que consideram ser um projecto desafiante, construtivo e de constante aprendizagem”, bem como os clientes, “considerando que 100% dos formandos da Up Academy passam no exame e nas certificações”, revela a responsável. Atualmente, a integração no cliente é composta por 61% de developers, 18% de analistas funcionais, 13% nas áreas de testes e 8% no suporte.

Embora os cursos de informática sejam os que apresentam um nível de abandono do ensino superior mais elevado, para Nicole Ferreira a oferta universitária “não acompanha e dificilmente acompanhará o crescimento das necessidades do mercado”, pelo que as empresas terão de arranjar novas alternativas para responder às necessidades tecnológicas e de capital humano.

A solução poderá passar pela “criação de linhas de cofinanciamento nacional e/ou benefícios fiscais considerando que o tecido empresarial português e as instituições públicas de ensino não têm capacidades suficientes para promover o leque de ações e intervenções necessárias”, justifica

“É imprescindível uma visão integrada e global para que toda sociedade seja envolvida com a finalidade de serem definidas as competências a transmitir e traçar de forma eficaz o limite estratégico de onde queremos chegar” conclui.

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