blitz.sapo.ptblitz.sapo.pt - 24 jun. 01:27

Os Muse apontaram as suas armas ao Rock in Rio-Lisboa e o festival rendeu-se mais uma vez

Os Muse apontaram as suas armas ao Rock in Rio-Lisboa e o festival rendeu-se mais uma vez

Trio britânico trouxe o seu rock musculado pela terceira vez ao Parque da Bela Vista e apresentou uma intensa revisão de carreira em hora e meia

Qualquer pessoa que já tenha assistido a um concerto dos britânicos Muse sabe que o trio não brinca em serviço. Foi assim há dez anos, naquela que foi a sua primeira passagem pelo Rock in Rio-Lisboa; foi assim há oito quando voltaram a pisar o palco Mundo; e, sem surpresas, foi assim esta noite neste mesmo Parque da Bela Vista.

O rock musculado de Matthew Bellamy e companhia deixa poucos indiferentes: quem não se rende e segue cada passo que a banda dá, nutre por ela um ódio que não é incomum quando falamos de grandes bandas. Esta noite, claro, estavam em família. E resolveram brindá-la com um alinhamento em jeito de revisão de carreira, tocando em (quase) todos os pontos altos de um percurso que, a brincar a brincar, já se alonga por duas bem sucedidas décadas.

Foi um Parque da Bela Vista a rebentar pelas costuras que recebeu os maiores hinos dos Muse. Ainda sem novo álbum para apresentar, mas já com dois prenúncios daquilo que está para vir, deram início à atuação com um 'Thought Contagion' que encaixa tão bem na discografia do trio que se tornou uma espécie de clássico instantâneo apesar de ter apenas poucos meses de vida. 'Dig Down' chegaria, mais discreta, um pouco mais à frente.

O "resto" foi um autêntico desfile de canções bojudas e bem conhecidas, para gáudio de todos aqueles que vieram ao festival para mostrar o amor à "sua" banda com t-shirts oficiais. Do rock à moda antiga de 'Psycho' ao vendaval de 'Hysteria, passando pela musculosa e velhinha 'Plug In Baby' e as teclas intensas de 'Resistance'.

E o melhor ainda estava para vir. A segunda "fase" da atuação mal deu tempo para os fãs respirarem: à explosão de euforia em 'Supermassive Black Hole' seguiram-se a metralhada 'Stockholm Syndrome', a quentinha 'Madness', a loucura de 'Starlight' (provavelmente o momento mais "pop" da carreira da banda), a grandeza apocalíptica de 'Time is Running Out' e, a encerrar o corpo principal do concerto, uma 'Mercy' com direito a dilúvio de confetti.

Porque nunca tiveram pruridos em assinar encores intensos, regressaram ao palco pouco depois para um tríptico de arrasar: começaram de mansinho com 'Take a Bow' e levaram, de seguida, o Parque da Bela Vista para a estratosfera com 'Uprising' e a já habitual canção de encerramento, tão dramática como sempre, 'Knights of Cydonia'. Goste-se ou não, é difícil negar que, hoje, já há poucas bandas com a entrega e dedicação ao rock que os Muse têm. Mais um sucesso em terras lusas para juntar ao álbum de recordações.

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