expresso.sapo.pt - 24 jun. 12:26
Petróleo.OPEP e não-membros aumentam produção para baixar preços
Petróleo.OPEP e não-membros aumentam produção para baixar preços
A OPEP chegou ontem a acordo com a Rússia e outros parceiros para aumentar a produção de petróleo já a partir de julho. Mas, nenhuma quantidade foi definida, tal como acontecera na sexta-feira com o entendimento que vincula só os membros da organização.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e os seus aliados, como a Rússia, validaram ontem o princípio de um aumento da sua produção de petróleo para aliviar os preços, anunciou o ministro do Petróleo angolano, citado pela agência Lusa.
“Estamos de acordo com o princípio”, declarou Diamantino Azevedo no final de uma reunião em Viena, que juntou os 14 países da OPEP e os seus 10 parceiros, um dia depois de uma decisão do cartel no mesmo sentido.
Estados Unidos, China, e Índia pediram um aumento da produção para baixar os preços e evitar uma penúria de petróleo que poderá afetar o crescimento da economia mundial. “Espero que a OPEP aumente sensivelmente a produção!” escreveu o presidente dos EUA, Donald Trump, no twitter menos de uma hora após ter sido revelado o acordo na sexta-feira, relembra a Reuters.
Mais um milhão de barris por dia, dizem sauditasO grupo de 24 países, que assegura mais de 50% das exportações mundiais, pretende cumprir as quotas de produção que entraram em vigor em janeiro de 2017, mas que não estão ser cumpridas. Segundo o ministro saudita da Energia, Khalid al Falih Arábia Saudita, isso poderá representar um aumento de cerca de “um milhão de barris por dia”, o equivalente a 1% da oferta mundial.
Já o seu homólogo russo, Alexandre Novak, anunciou um aumento da produção da Rússia da ordem dos 200 mil barris por dia a partir do segundo semestre. “É evidente que não nos guiamos por tweets, mas pela nossa análise aprofundada do mercado disse à Reuters, em referência às mensagens de Trump.
A Arábia Saudita, primeiro exportador mundial, e a Rússia propuseram agora aumentar as extrações num contexto de recuperação da procura.
O Irão tinha anteriormente manifestado a sua oposição a uma subida da produção, receando perder receitas, numa altura em que a sua capacidade de exportar está penalizada pelas sanções norte-americanas, após Washington se ter retirado em maio do acordo sobre o nuclear firmado com Teerão.