rr.sapo.ptrr.sapo.pt - 25 mai. 02:48

Bruno de Carvalho denuncia "bomba atómica cheia de irregularidades" que deixa credibilidade do Sporting "de rastos"

Bruno de Carvalho denuncia "bomba atómica cheia de irregularidades" que deixa credibilidade do Sporting "de rastos"

O presidente do Sporting promete impugnar a convocação de assembleia geral de destituição da direção. Bruno garante que não havia outra solução que não a sua continuidade e lamenta decisões que diz porem em causa o empréstimo obrigacionista, a preparação da nova época e o poder negocial do clube.

Bruno de Carvalho, presidente do Sporting, criticou, esta quinta-feira, a convocação de uma assembleia geral de destituição da direção por ele liderada, por estar "cheia de irregularidades" e não respeitar os estatutos.

Após o anúncio de Jaime Marta Soares, presidente demissionário da Assembleia Geral (MAG) do clube leonino, de que haveria assembleia geral, a 23 de junho, para destituir os atuais presidente e Conselho Diretivo, Bruno de Carvalho reagiu em conferência de imprensa. "Hoje é um dos dias mais tristes que vivi no Sporting CP".

"O que acabou de ser anunciado por Jaime Marta Soares está cheio de irregularidades. Marta Soares acabou de lançar uma bomba atómica que, pelos estatutos e pela lei, não são assim. No entanto, sabendo disso e sendo alertado para isso, decidiu lançar a bomba atómica", acusou.

Bruno de Carvalho garantiu que não deixará "que o Sporting seja tomado de assalto" e prometeu impugnar a convocação de assembleia geral:

"Esta bomba atómica, que será por nós desmontada o mais rapidamente possível, porque está cheia de irregularidades, apenas serviu para lançar o pânico, para travar o empréstimo obrigacionista e para nos tirar todo o poder negocial na preparação da época. Fizemos todas as propostas, todas as explicações e as pessoas não quiseram ouvir e lançaram uma bomba atómica que pode colocar em causa muita coisa no Sporting".

Única solução viável era a continuidade de Bruno

A "credibilidade do Sporting está de rastos" e "não havia outra solução" que não a continuidade da atual direção, assegurou Bruno de Carvalho, que denunciou "um ataque ao poder sem pensar nas consequências" e garantiu que impugnará o que considera ser "um atropelo a tudo".

"Nós pedimos várias vezes, dando todos os argumentos à mesa da Assembleia Geral do clube e ao Conselho Fiscal e Disciplinar, para que não fizessem o que fizeram hoje. Nós explicámos aquilo que é do conhecimento público, que isto colocará em causa o empréstimo obrigacionista que seria realizado entre o final deste mês e o princípio do próximo. Esta MAG e este Conselho Fiscal, não foram minimamente sensíveis aos superiores interesses do Sporting CP e da SAD", declarou.

Bruno acusou MAG e Conselho Fiscal e Disciplinar de deitarem "abaixo todo o trabalho feito com os bancos e com a CMVM", por terem a ideia "absolutamente fixada" de destituir a direção por ele liderada:

"Não havia nada que os pudesse demover, nenhum interesse do Sporting. Isto põe em causa a preparação da época, põe em causa a contratação e venda de jogadores, põe em causa a nova restruturação financeira e isto por nada. Esta direção tentou de tudo, inclusivamente pedimos que nos dessem as razões por que nos devíamos demitir, que sairíamos da sala, reuniríamos e falaríamos sobre essas razões para tomarmos decisões. Disseram que não queriam entrar em discussões".

Propostas e contrapropostas entre Bruno e MAG

Bruno revelou que a MAG e o Conselho Fiscal propuseram que a direção se mantivesse em funções durante 60 dias, até às eleições, e que desse, então a palavra aos sócios, o "maior património" do Sporting.

"Esta direção ia discutir com os sportinguistas tudo aquilo que se estava a passar, sem colocar em causa tudo isto. Não conseguimos demovê-los e fizemos uma nova proposta: se a questão era por 60 dias, que nos dissessem se queriam 10, 15, 20, 25 dias, para poderem ter acesso a tudo do clube e da SAD e se, no final desse período que eles definiriam qual é, houvesse algum indício de algo, que nos sentaríamos a bem do Sporting", explicou. "Não é compreensível como é que se coloca em causa tudo isto. Por um capricho", atirou Bruno de Carvalho.

"Seria mais fácil irmos embora e colocar tudo isto em causa. Quando não se está com um projeto, as pessoas demitem-se, vão-se embora. É legítimo não quererem estar mais com este projeto. Não é legítimo esta pressão para que nos demitamos", acrescentou e questionou: "Que lógica tem, se estamos a prejudicar o Sporting, deixarem-nos cá 60 dias?"

"Nós não estamos a dividir o Sporting, nós estamos a agarrá-lo com unhas e dentes", rematou Bruno de Carvalho, que deixou um alerta aos sócios: "O que acabou de acontecer foi o ouro aos nossos rivais".

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