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Lisboa - Marcelo descobre que vê mal ″ao longe à esquerda″

Lisboa - Marcelo descobre que vê mal ″ao longe à esquerda″

Consulta de optometria do Presidente da República acabou por ter algumas conotações políticas

O Presidente da República participou esta quarta-feira numa ação para assinalar o Dia Nacional da Segurança Infantil, na Graça, em Lisboa, com cerca de 500 alunos do primeiro ciclo, onde descobriu que vê mal "ao longe à esquerda".

No Jardim da Cerca da Graça, Marcelo Rebelo de Sousa participou em diversas atividades ludo-pedagógicas, como o jogo da corda, contou às crianças que apanhou "um valente susto" quando foi atropelado na infância por atravessar fora da passadeira, falou-lhes dos perigos do mar, dos direitos humanos e da importância de uma alimentação saudável.

Durante esta iniciativa, promovida pela Associação para a Promoção da Segurança Infantil (APSI), o chefe de Estado também fez um teste de alcoolemia, com um resultado de 0,00 gramas de álcool, que apontou como "exemplar", e um exame de optometria, que revelou "alguma dificuldade" na visão ao perto e na visão ao longe com o olho esquerdo.

"Ai é? É isso, vejo muito à esquerda, pois é isso", comentou o Presidente da República.

O optometrista repetiu que "ao longe, à esquerda, está complicado" e considerou que talvez fosse bom usar óculos "nalgumas situações, de leitura, se usar o computador, se vir um pouco de televisão, no cinema".

"No computador não sinto assim grande dificuldade", respondeu Marcelo Rebelo de Sousa, tomando nota do diagnóstico: "Portanto, vista esquerda, ao longe".

Tenho de estar mais atento ao longe relativamente à esquerda

Interrogado pela comunicação social se essa dificuldade na visão significa que pode vir aí uma crise política, o Presidente da República preferiu outra interpretação.

"Não, quer dizer que eu tenho de estar mais atento ao longe relativamente à esquerda", disse.

Nesta ação de promoção da segurança infantil, o chefe de Estado esteve acompanhado pela presidente da Junta de Freguesia de São Vicente, Natalina Tavares de Moura, e pelos vereadores da Câmara de Lisboa com os pelouros da Educação e Direitos Sociais, Ricardo Robles, e do Ambiente, Estrutura Verde, Clima e Energia, José Sá Fernandes.

Sobre os direitos humanos, Marcelo Rebelo de Sousa fez perguntas às crianças e respondeu com elas: "É correto alguém castigar quem não fez nada de mal? Não, claro que não. É correto expulsar alguém do seu país? Não".

"Eu agora até aproveitaria: e é correto expulsar alguém que é estrangeiro e que está no nosso país, em princ��pio? Não, também não. Muito bem, não é só preciso ser português", defendeu.

As crianças pediram autógrafos ao Presidente da República e fotografias e, a certa altura, falaram umas por cima das outras para lhe dizer que os seus pais são seus fãs.

"O meu pai é um grande fã seu", disse um aluno. "E a minha mãe é uma grande fã sua", acrescentou outra criança. "E o meu pai também é. E os meus pais também são. E a minha mãe também é", disseram outros.

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