www.jornaldenegocios.ptjornaldenegocios.pt - 23 mai. 17:18

Bolsas europeias caem mais de 1% e petróleo recua de máximos

Bolsas europeias caem mais de 1% e petróleo recua de máximos

Foi uma sessão pintada a vermelho na Europa, com as acções a registarem a pior queda desde Março. O euro atingiu mínimos de seis meses e os juros de Itália saltaram para o nível mais alto em quase três anos.

Os mercados em números

PSI-20 desceu 1,51% para 5.700,05 pontos

Stoxx 600 caiu 1,10% para 392,58 pontos

S&P 500 desvaloriza 0,28% para 2.716,73 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos recuaram 0,5 pontos base para 1,956%

Euro perde 0,72% para 1,1694 dólares

Petróleo cai 0,23% para 79,39 dólares por barril

Acções europeias com maior queda em dois meses

Os principais índices europeus desvalorizaram mais de 1% esta quarta-feira, 23 de Maio, numa sessão marcada por descidas generalizadas em todos os sectores.

O Stoxx600, que atingiu máximos de Fevereiro na sessão de ontem, caiu 1,10% para 392,58 pontos, o que representa a maior desvalorização desde 22 de Março.

As perdas foram particularmente acentuadas no sector do petróleo e gás e na indústria mineira, que seguiram a tendência negativa dos preços do petróleo nos mercados internacionais.

Frankfurt caiu 1,47%, Paris 1,32% e Milão 1,31%, penalizada sobretudo pelas cotadas do sector financeiro.

Em Lisboa, o PSI-20 deslizou 1,51% para 5.700,05 pontos, penalizado sobretudo pela Galp, que deslizou 2,71% para 16,685 euros.

Euro toca mínimos de Novembro. Lira afunda e ameaça crise cambial

A moeda única europeia caiu para máximos de seis meses face ao dólar, penalizada pela incerteza em Itália e pelos dados decepcionantes sobre o desempenho da economia da Zona Euro. A IHS Markit revelou esta manhã que o PMI compósito – que mede o crescimento da actividade na indústria e nos serviços – fixou-se nos 54,1 pontos, em Maio, o nível mais baixo em 18 meses.

Nesta altura, o euro cai 0,72% para 1,1694 dólares, depois de ter tocado nos 1,1685 dólares, o valor mais baixo desde 14 de Novembro de 2017.

Já a lira turca afundou para um novo mínimo histórico face ao dólar, com uma queda de 5,2% - a maior em quase uma década – com o mercado já descrente na capacidade do banco central do país para travar a crise cambial.

No mês de Maio, a lira desceu todos os dias, à excepção de três, depois de o presidente Recep Tayyip Erdogan ter dito que pretende assumir uma maior responsabilidade pela política monetária do país se vencer as eleições de 24 de Junho.

Juros de Itália escalam para máximos de 2015

Os juros da dívida italiana subiram em todas as maturidades, reflectindo os receios dos mercados com a situação política do país. O programa acordado entre o 5 Estrelas e a Liga poderá custar 100 mil milhões de dólares por ano, segundo alguns analistas, e revelar-se incompatível com as regras europeias. Isto num país que se debate com um elevado montante de crédito malparado no sector financeiro e um dos maiores níveis de endividamento da Zona Euro.   

A yield associada às obrigações italianas a dez anos subiu 7,2 pontos para 2,401%, depois de já ter tocado nos 2,430%, o valor mais alto desde 29 de Junho de 2015.

Em Espanha, os juros a dez anos caíram 1,4 pontos para 1,444%, em Portugal aliviaram 0,5 pontos para 1,956% e na Alemanha recuaram 5,3 pontos para 0,507%.

Euribor sobe a 3 e 6 meses e cai a 9 meses

As taxas Euribor subiram hoje a três e seis meses, desceram a nove e mantiveram-se a 12 meses face a terça-feira.                                     

No prazo a três meses, a Euribor subiu hoje para -0,323%, enquanto a seis meses – a taxa mais usada em Portugal nos créditos à habitação – o aumento foi para -0,270%.

Já a Euribor a nove meses desceu para -0,218%, e a 12 meses manteve-se em -0,189%.

Petróleo recua de máximos de 2014

O petróleo está a negociar em queda pela primeira vez em três sessões, recuando dos máximos de Novembro de 2014 atingidos na terça-feira.

Em Londres, o Brent recua 0,23% para 79,39 dólares, enquanto em Nova Iorque, o West Texas Intermediate (WTI) perde 0,48% para 71,85 dólares.

Esta evolução acontece numa altura em que o mercado aguarda uma resposta da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) às preocupações relacionadas com o fornecimento global. Com as exportações do Irão e Venezuela em risco, devido às sanções impostas pelos Estados Unidos, cresce a especulação de que o cartel poderá reduzir os cortes na produção.

Cobre com maior queda em um mês

O cobre registou a maior descida em praticamente um mês, penalizado pelo pessimismo em torno da Coreia do Norte e da Turquia.

O metal, que é visto como um indicador da saúde da economia global, deslizou 1,9% para 6.848,50 dólares por tonelada métrica, a maior queda desde 27 de Abril.

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